Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Presidente do BC leva ‘puxão de orelha’ por anúncio sobre rotativo

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Sexta, 11 de Agosto de 2023 às 16:48, por: CdB

Campos Neto voltou, contudo, a falar da alta inadimplência do rotativo, o que tornaria o produto inviável. Também disse que, se nada for feito, há risco de "colapso" na indústria de cartões de crédito.


Por Redação – de Curitiba

Presidente do Banco Central (BC, o econoista Roberto Campos Neto disse, nesta sexta-feira,, que ainda não tem detalhes sobre a medida que pode gerar o fim do rotativo do cartão de crédito e revelou ter tomado um "puxão de orelha" após antecipadar o tema aos senadores, em reunião ocorrida na véspera.

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Presidente do Banco Central, Campos Neto é chamado 'aquele rapaz' pelo presidente Lula


Campos Neto voltou, contudo, a falar da alta inadimplência do rotativo, o que tornaria o produto inviável. Também disse que, se nada for feito, há risco de "colapso" na indústria de cartões de crédito.

– O rotativo começou a ter uma inadimplência alta, que fechou maio em 54%. Se você tem um produto com inadimplência de 54%, você tem um problema no produto, porque não conheço nenhum outro país com uma inadimplência tão alta. Geralmente, quem toma a decisão de dar o crédito não é quem está, digamos assim, administrando o risco do crédito. Temos aí uma assimetria neste sentido – afirmou.

Varejistas


As declarações de Campos Neto ocorreram durante um fórum organizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná  (Faciap), nesta manhã. À tarde, o executivo encontrou-se com o empresariado local, na Associação Comercial do Paraná  (ACP), nesta capital.

Segundo Campos Neto, o cartão de crédito foi usado no Brasil como competição entre os agentes financeiros, inclusive entre varejistas, o que "acelerou muito" a concessão do produto, a ponto de as pessoas terem "dois, três, quatro, cinco cartões".

– A gente precisa entender que o problema foi gerado por uma concessão grande de cartões, por um parcelamento sem juros que, aparentemente não tem custo, mas que obviamente alguém paga o custo no fim. E a gente precisa achar um equilíbrio para isso – resumiu.

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