Segundo o premiê, Israel está “vencendo a guerra” em Gaza e não vai parar enquanto “terroristas” continuarem no poder no enclave palestino.
Por Redação, com ANSA – de Nova York
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e defendeu a continuação das guerras contra os grupos radicais Hamas na Faixa de Gaza e Hezbollah no Líbano, além de ter ignorado apelos da comunidade internacional por um cessar-fogo.
Em seu pronunciamento, boicotado por diversas delegações internacionais, Netanyahu indicou que Israel não vai parar enquanto não destruir as capacidades militares dos dois movimentos fundamentalistas e resgatar todos os reféns sequestrados em 7 de outubro, em meio à escalada dos bombardeios no Líbano, onde mais de 700 pessoas já morreram em uma semana de ataques israelenses.
– Israel torce pela paz, já fez a paz e voltará a fazer a paz, mas enfrentamos inimigos selvagens e precisamos nos defender daqueles que querem nos levar a uma era de trevas e tirania – disse.
Enclave palestino
Segundo o premiê, Israel está “vencendo a guerra” em Gaza e não vai parar enquanto “terroristas” continuarem no poder no enclave palestino.
– Estamos nos esforçando para trazer isso para o momento final. Se o Hamas seguir no poder, eles vão se reagrupar. Isso tem de acabar. Queremos uma Gaza desmilitarizada e desradicalizada – acrescentou o primeiro-ministro, ressaltando que apoiaria um “governo civil e comprometido com a coexistência pacífica” no território.
– Essa guerra pode ser encerrada agora. Para que isso aconteça, basta que o Hamas se renda, entregue as armas e liberte os reféns – declarou. De acordo com Netanyahu, Israel já destruiu “90%” das armas do grupo islâmico e agora se voltou também para o Hezbollah, a quem acusou de “sequestrar o Líbano” com mísseis instalados em localizações civis para atingir o país judeu.
– Não estamos em guerra contra vocês, estamos em guerra contra o Hezbollah – garantiu. O premiê também enviou um recado ao Irã, que ameaça atacar Israel em retaliação pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.
– Irã, se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há lugar nenhum do Irã que o braço de Israel não possa alcançar, e isso vale para todo o Oriente Médio – afirmou.