Kramatorsk tornou-se a "capital" da região de Donetsk em 2014 após parte do território ter sido tomado por separatistas pró-Rússia e por tropas do país vizinho. Já Bakhmut, citada por Honcharenko, é o atual palco mais sangrento da guerra.
Por Redação, com ANSA - de Kiev
O prefeito da cidade ucraniana de Kramatorsk, Oleksandr Honcharenko, afirmou em entrevista à agência italiana de notícias ANSA nesta segunda-feira que seu país ainda tem necessidade de mais armas ocidentais para se defender dos ataques da Rússia.
– Não posso falar do ponto de vista militar, mas do meu ponto de vista, que Kramatorsk não será uma nova Bakhmut. Todavia, o risco para nossos cidadãos está aumentando porque estão aumentando os ataques. Acredito que, com a ajuda das armas ocidentais, nossos soldados resistirão e espero que os russos regridam e liberem a área. Por isso, temos necessidades e não podemos proteger essa área dos tanques apenas com fuzis e armas automáticas. As armas chegam, mas precisamos de mais para parar os russos – disse o líder.
Kramatorsk tornou-se a "capital" da região de Donetsk em 2014 após parte do território ter sido tomado por separatistas pró-Rússia e por tropas do país vizinho. Já Bakhmut, citada por Honcharenko, é o atual palco mais sangrento da guerra, com cerca de 90% de toda a sua infraestrutura destruída e um número não conhecido de mortos, estimativas apontam milhares de vítimas.
"As forças armadas estão defendendo e controlando Bakhmut desde setembro do ano passado, mais de seis meses. Nós esperamos que os russos parem ali porque a Presidência, assim como nós na administração, estamos conscientes que as próximas cidades podem Konstantinovka, Chasiv Yar, Druzivka, Kramatorsk e Sloviansk”.
Para evitar essa possibilidade, eles devem continuar a fazer o seu trabalho", acrescentou à ANSA.
Libertação do nazifascismo
Citando o feriado desta terça-feira na Itália, quando o país celebra a libertação do nazifascismo, o prefeito diz que "está convicto" que a Ucrânia também terá um dia de celebração após sua vitória contra os "fascistas russos".
– Quero ainda agradecer ao povo italiano por seu apoio, como parte da UE e individualmente. Sem as armas ocidentais seria impossível para nós vencer os russos nessa guerra – finalizou.