Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Preço dos combustíveis volta a subir enquanto crise internacional se agrava

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Terça, 23 de Abril de 2019 às 14:22, por: CdB

Ao contrário do que vinha ocorrendo, a empresa antecipou o aumento a seus clientes na noite de segunda-feira, antes de alterar os valores em seu site.

 
Por Redação, com agências internacionais - de Londres e Rio de Janeiro
  A Petrobras anunciou nesta terça-feira, após 18 dias sem qualquer movimento, a elevação do preço dos combustíveis. O aumento chega a 2%, em média, no preço dos produtos em suas refinarias. A alta, de R$ 0,0396 por litro, no entanto, é considerada por importadores insuficiente para cobrir a defasagem de preços acumulada no período.
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Os estoques de gasolina variam de acordo com os preços, segundo a BR
Ao contrário do que vinha ocorrendo, a empresa antecipou o aumento a seus clientes na noite de segunda-feira, antes de alterar os valores em seu site. Nesta segunda, a estatal mudou o modelo de divulgação do preço dos combustíveis, passando a publicar os valores de cada um dos seus 35 pontos de venda. No modelo anterior, os reajustes eram publicados no site da companhia entre o fim da manhã e o início da tarde do dia anterior. O site divulgava os preços médios por produto e não a lista de pontos de entrega.

Importação

Após a alta desta terça, a gasolina sairá das refinarias da Petrobras ao preço médio de R$ 1,975 por litro, ante os R$ 1,9354 vigentes pelos últimos 18 dias. No segundo semestre de 2018, o então presidente da estatal, Ivan Monteiro, havia estabelecido um período máximo de 15 dias sem reajustes da gasolina. Para as importadoras de combustíveis, a alta foi pequena e não cobre a defasagem acumulada em um período de alta das cotações internacionais do petróleo -que atingiram na segunda-feira o maior patamar do ano. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem na gasolina antes do reajuste variava entre R$ 0,09 e R$ 0,20 por litro, dependendo do ponto de entrega.

Novas sanções

Parte do acréscimo nos preços dos derivados de petróleo, no entanto, remete à decisão dos EUA de proibir os negócios com o Irã. Trata-se, no entanto, de “um grave erro”, segundo o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, “politizar o petróleo e usá-lo como uma arma”, segundo a Agência de Notícias da República Islâmica (Irna). Os preços do petróleo atingiram seu nível mais elevado desde novembro nesta terça-feira, depois que Washington anunciou que todas isenções sobre sanções à importação de petróleo do Irã terminarão na semana que vem, pressionando importadores a pararem de comprar de Teerã e restringindo ainda mais o suprimento global.
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