Apesar do ataque, os britânicos se negaram a dar detalhes, um funcionário, que não quis se identificar, confirmou que as redes governamentais foram comprometidas e que o programa havia infectado telefones e computadores.
Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas/Jerusalém
Diversos políticos e ativistas europeus foram alvos de espionagem pelo spyware israelense Pegasus, segundo empresa de pesquisa cibernética.
O relatório da Citizen Lab aponta que dos alvos fazia parte o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e líderes catalães na Espanha.
"Confirmamos que em 2020 e 2021 observamos e notificamos o governo do Reino Unido de múltiplas suspeitas de infecções com o spyware Pegasus dentro de redes governamentais do Reino Unido", informou a Citizen Lab.
Entre 2020 e 2021, o programa de spyware israelense foi usado para espionar diversas instituições governamentais do Reino Unido.
Apesar do ataque, os britânicos se negaram a dar detalhes, um funcionário, que não quis se identificar, confirmou que as redes governamentais foram comprometidas e que o programa havia infectado telefones e computadores.
O programa Pegasus, da israelense NSO, tem sido usado em todo o mundo para espiar telefones e computadores de políticos, defensores de direitos humanos, jornalistas e até membros da Igreja Católica.
Israel impediu Ucrânia de obter spyware Pegasus
Israel impediu tentativas de Kiev de adquirir o programa de vigilância Pegasus para evitar um possível confronto entre Rússia e Ucrânia, informou o Washington Post no dia 24 de março, citando fontes como oficiais de inteligência ocidentais.
A Agência de Controle de Exportação de Defesa de Israel impediu tentativas da Ucrânia de adquirir o programa de vigilância Pegasus da empresa israelense NSO. Desta forma, Israel queria evitar um possível confronto entre a Rússia e a Ucrânia, segundo o Washington Post, citando fontes como oficiais de inteligência ocidentais.
De acordo com as informações fornecidas pelas fontes, a tentativa da Ucrânia de obter o spyware pode ter ocorrido em 2019, embora a data exata seja desconhecida. Eles também mencionaram que as preocupações com a reação da Rússia afetaram os acordos da empresa NSO com a Estônia, que teve restrições ao uso do programa de espionagem telefônica.
Segundo o jornal americano, o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mikhail Fyodorov, recusou-se a confirmar se seu país havia tentado adquirir o programa Pegasus, mas reconheceu que queria obter tecnologia israelense. O Ministério da Defesa da Estônia se recusou a comentar o assunto.
O Pegasus é considerado uma das ferramentas de vigilância cibernética mais poderosas disponíveis no mercado, já que fornece aos operadores capacidade de assumir o controle total do celular de uma pessoa, baixar todos os dados do dispositivo e ativar sua câmera ou microfone sem que o usuário saiba.
Em dezembro de 2021, o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que o spyware Pegasus da NSO Group já teria sido usado para espionar os celulares de cerca de 50 mil pessoas, incluindo políticos, empresários, ativistas, jornalistas e opositores em todo o mundo.