Rio de Janeiro, 08 de Fevereiro de 2025

Política de juros do BC está em patamar contracionista, diz Guillen

Arquivado em:
Segunda, 13 de Janeiro de 2025 às 20:00, por: CdB

Durante reunião do Bradesco Asset, promovida nesta segunda-feira, Guillen afirmou, no entanto, que ainda é cedo para se discutir o eventual momento que o BC irá parar o ciclo de alta nos juros.

Por Redação, com Reuters – de Brasília

Diretor de Política Econômica do Banco Central, o PhD em Economia pela Universidade de Princeton (NJ-EUA) Diogo Guillen advertiu, nesta segunda-feira que a política de juros da autarquia está em patamar contracionista e está indo para “bastante contracionista”.

diogo-guillen.jpg
PhD em Economia, Guillen ocupa uma diretoria do Banco Central

Durante reunião do Bradesco Asset, promovida nesta segunda-feira, Guillen afirmou, no entanto, que ainda é cedo para se discutir o eventual momento que o BC irá parar o ciclo de alta nos juros. De acordo com o executivo, trata-se de um tópico delicado e a autarquia sempre se guiará pela confiança de que está colocando a inflação na meta.

Apesar do nível dos juros básicos, atualmente em 12,25% ao ano, o diretor afirmou que o dinamismo do consumo das famílias, impulsionado por gastos do governo, e o desempenho do crédito podem ser tratados como elementos mitigadores da política monetária. Guillen disse, ainda, ser importante que os canais de transmissão da política monetária para os preços tenham fluidez para que a inflação seja levada à meta.

— Tenho pouca dúvida de que a gente está contracionista e está indo para bastante contracionista, quanto a isso tenho pouca dúvida — pontuou.

 

Ajustes

Ao afastar outro fator que poderia reduzir a potência da política monetária, Guillen disse não acreditar que tenha havido uma mudança radical na taxa neutra de juros no país — que não estimula nem retrai a atividade. E ressaltou que o BC tem os instrumentos para levar a inflação à meta.

Em sua reunião de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (pp), prevendo mais dois ajustes equivalentes em janeiro e março, o que levará a taxa a 14,25% ao ano, se confirmada a orientação.

Na apresentação, Guillen afirmou que o ‘guidance’ está posto, e ressaltou que o BC “obviamente” seguirá acompanhando dados de atividade econômica, inflação corrente e projeções para tomar suas decisões.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo