Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia do Rio deflagra operação contra lava-jatos clandestinos 

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Terça, 30 de Novembro de 2021 às 10:13, por: CdB

De acordo com os agentes, o tráfico de drogas explora os lava-jatos para aumentar a arrecadação. Os responsáveis pelos estabelecimentos devem pagar R$ 30 por dia aos traficantes. Além disso, indivíduos que se intitulam "donos do ponto" também cobram uma taxa para a prática da atividade.

Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro

Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) deflagram, nesta terça-feira, a Operação Limpidus, limpeza em latim, contra lava-jatos clandestinos localizados entre os bairros Bonsucesso e Benfica, na Zona Norte. Conhecida como "Faixa de Gaza", a região e a rua onde os estabelecimentos estão instalados irregularmente é dominada e explorada por uma das maiores organizações criminosas de traficantes do estado do Rio de Janeiro.
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Polícia Civil deflagra operação contra lava-jatos clandestinos na Zona Norte
A ação contou com apoio da Polícia Militar e concessionárias de energia e de água. Segundo as investigações, os lava-jatos funcionam sem autorização dos órgãos públicos competentes e prejudicam a circulação de veículos, já que uma das faixas da via é ocupada. Para a prática da atividade, os responsáveis pelos estabelecimentos clandestinos furtam energia elétrica e água e cometem crimes ambientais. Além disso, utilizam cones de sinalização, em sua maioria furtados de empresas e órgãos da prefeitura. De acordo com os agentes, o tráfico de drogas explora os lava-jatos para aumentar a arrecadação. Os responsáveis pelos estabelecimentos devem pagar R$ 30 por dia aos traficantes. Além disso, indivíduos que se intitulam "donos do ponto" também cobram uma taxa para a prática da atividade.

Integrantes de quadrilha

Policiais civis da 93ª DP (Volta Redonda) e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam dois integrantes de uma organização criminosa que enganava pessoas na Região Sul Fluminense. Eles foram capturados, no domingo, na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Volta Redonda. Um elemento que chamou a atenção dos policiais foi um cartão bancário encontrado com os golpistas, usado para receber o dinheiro obtido com a prática criminosa. No lugar do nome do correntista, havia a inscrição "O golpe tá aí". De acordo com as investigações, a quadrilha é oriunda do município de Mogi das Cruzes, em São Paulo, e aplicava o chamado "golpe da tinta". Os criminosos selecionavam vítimas e as procuravam em casa, oferecendo latas de tinta com preços bem inferiores aos praticados no mercado. O material, contudo, era falsificado. Na hora da cobrança, os golpistas alteravam o valor na maquininha de cartão de crédito, tirando da vítima dez vezes mais do que havia sido acordado. Os agentes apuraram que os integrantes da quadrilha alugavam veículos na cidade de São Paulo e se deslocavam para o Sul Fluminense. Com os ganhos com a prática criminosa, os golpistas ostentavam vidas luxuosas no Rio de Janeiro e na Região dos Lagos. No desenrolar das investigações foi possível identificar seis integrantes desta quadrilha. A partir disso, foi estabelecido uma parceria junto à PRF, para que caso os agentes abordassem jovens com latas de tintas dentro do veículo, atentassem para a situação deste golpe. A troca de informações permitiu que os bandidos fossem presos em flagrante por associação criminosa, receptação e concurso material.
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