Segundo as autoridades locais, uma ordem de prisão preventiva foi executada contra o trio pelo suposto crime de "associação para fins de terrorismo, incluindo terrorismo internacional ou subversão da ordem democrática".
Por Redação, com ANSA - de Roma
A polícia italiana prendeu nesta segunda-feira três palestinos na cidade de L'Aquila, capital de Abruzzo, sob suspeita de planejar ataques terroristas em território estrangeiro.
Segundo as autoridades locais, uma ordem de prisão preventiva foi executada contra o trio pelo suposto crime de "associação para fins de terrorismo, incluindo terrorismo internacional ou subversão da ordem democrática".
Os suspeitos realizaram "proselitismo" e "propaganda para a associação terrorista e planejaram ataques, incluindo atentados suicidas, contra alvos civis e militares em território estrangeiro.
A ordem de prisão preventiva foi emitida pelo juiz distrital de instrução de L'Aquila, a pedido do Ministério Público de L'Aquila, e cumprida pela Direção Distrital Antimáfia e Antiterrorismo em coordenação com equipe nacional antimafiosos.
As investigações, que também contaram com a ajuda do Serviço de Luta contra o Extremismo e o Terrorismo Internacional da Direção Central da Polícia de Prevenção, constataram a criação de uma estrutura operacional militar denominada "Grupo de Resposta Rápida - Brigadas Tulkarem", um ramo das "Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa" - reconhecidas como organização terrorista pela União Europeia.
Atos de violência
O grupo previa realizar atos de violência com o objetivo de terrorismo, mesmo contra um Estado estrangeiro. De acordo com a polícia italiana, está em andamento um processo de extradição contra um dos detidos, Anan Yaeesh, de 37 anos, a pedido das autoridades de Israel, perante o tribunal de recurso de L'Aquila.
O Grupo de Resposta Rápida - Brigadas Tulkarem, ao qual pertenciam os três palestinos detidos - Anan Kamal Afif Yaeesh, Ali Saji Ribhi Irar e Mansour Doghmosh -, planejava um ataque terrorista contra o assentamento israelense de Avnei Hefetz, na Cisjordânia, através do uso de um carro-bomba.
A informação consta no despacho do juiz distrital de instrução da cidade de L'Aquila e é baseada em conversas interceptadas pelos policiais que realizaram as investigações.
"Esta é uma unidade suicida, pronta para agir em profundidade e a nossa ação será imediata", diz a mensagem que pode ser ouvida em uma conversa no WhatsApp entre Yaeesh e Munir Almagdah, líder militar das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, em 9 de janeiro de 2024.