Segundo apurado no inquérito policial, a organização adquiria vinhos em freeshops nas fronteiras de Uruguaiana-RS e Paso de Los Libres-Argentina.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira a Operação Apáte, que tem por objetivo o combate a crimes contra a Administração Pública cometidos por grupo criminoso atuante na cidade de Uruguaiana e região.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na cidade de Uruguaiana-RS, expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Rio Grande-RS.
Segundo apurado no inquérito policial, a organização adquiria vinhos em freeshops nas fronteiras de Uruguaiana-RS e Paso de Los Libres-Argentina, e de Santana do Livramento-RS e Rivera-Uruguai, internalizando-os irregularmente no Brasil e revendendo-os no mercado interno por meio de aplicativos, com a participação de funcionários dos Correios na operacionalização dos envios.
Organização criminosa
A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União – CGU e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Anteprojeto, visando apurar a prática de crimes licitatórios, crime de cartel e organização criminosa. Na ação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sendo oito deles em Porto Alegre-RS e região metropolitana, e outro em Brasília-DF.
Segundo apurado no inquérito policial, três grandes empresas de engenharia com sede no Rio Grande do Sul, teriam ajustado previamente suas propostas para obtenção de três contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, que tinham como objeto a prestação de serviços de engenharia consultiva para elaboração de anteprojetos e projetos básicos e executivo de engenharia nas rodovias federais afetadas pelas enchentes.
O valor dos três contratos de consultoria ultrapassa R$ 72 milhões, e foram custeados com recursos federais oriundos de créditos extraordinários, vinculados à reconstrução do Estado do RS.
Operação conjunta
Na tarde de segunda-feira, uma operação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-GO) e a Polícia Militar de Goiás, por meio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), resultou na abordagem de um indivíduo com R$ 300 mil em espécie, acondicionados em uma mochila, minutos após ter realizado o saque diretamente na boca do caixa.
Na ocasião, também foram encontrados comprovantes de outros saques bancários em seu nome que, somados, ultrapassam R$ 1 milhão em espécie.
Ao ser questionado, o indivíduo não soube explicar de forma clara a origem dos valores, tampouco indicar com precisão o destinatário da quantia.
Diante das circunstâncias, o investigado foi conduzido à Polícia Federal de Goiás para prestar esclarecimentos, ocasião em que foi lavrado auto de prisão em flagrante por lavagem de capitais.
A FICCO-GO é formada por profissionais da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
