A associação criminosa utiliza uma série de estratégias sofisticadas para ocultar a origem ilícita dos recursos, como uso de laranjas, empresas fictícias, e práticas como smurfing e mescla. O grupo movimentou mais de R$ 30 milhões em cerca de um ano.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) realizaram, nesta quinta-feira, a Operação Car Wash, contra uma associação criminosa que lava dinheiro proveniente da comercialização ilícita de peças de veículos roubados e furtados. O objetivo é cumprir quatro mandados de prisão e mais de 100 de busca e apreensão. Até o momento, um homem foi preso, em São Paulo.
Os agentes estiveram nas ruas no município de Belford Roxo e em bairros da Zona Norte do Rio, entre outras localidades. A ação contou com apoio de unidades dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE), da Baixada (DGPB), da Capital (DGPC) e de Combate à Corrupção, ao Crimes Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da 81ª DP (Itaipu).
As investigações tiveram início em outubro do ano passado. Segundo apurado, a quadrilha é responsável pela desmontagem de, aproximadamente, 80 veículos roubados por semana, para fins de comercialização de suas peças e acessórios.
Os veículos são levados para as Comunidades da Guacha, Gogo da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo, e as peças são armazenadas em depósitos alugados em nomes de laranjas. Esse material era enviado para o Estado de São Paulo e, de lá, distribuído para Goiás, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e Alagoas, onde é comercializado por ferros-velhos e lojas de auto-peças, abastecendo o mercado clandestino de peças de veículos. Em todos esses estados há mandados sendo cumpridos.
A associação criminosa utiliza uma série de estratégias sofisticadas para ocultar a origem ilícita dos recursos, como uso de laranjas, empresas fictícias, e práticas como smurfing e mescla. O grupo movimentou mais de R$ 30 milhões em cerca de um ano.
Quadrilha furtava celulares em shopping centers e supermercados
Policiais civis da 59ª DP (Duque de Caxias), da 60ª DP (Campos Elíseos), da 66ª DP (Piabetá) e da 21ª DP (Bonsucesso) participaram, nesta quinta-feira, de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra uma associação criminosa que furta celulares em shoppings e supermercados localizados em áreas nobres de diversas capitais brasileiras. As unidades deram apoio nas diligências realizadas no Rio de Janeiro. Duas mulheres foram presas em flagrante.
As duas, que são cidadãs peruanas, foram localizadas no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a partir de informações de inteligência. Segundo apurado, elas integram uma associação criminosa e eram procuradas por esse crime e pela prática de diversos furtos cometidos. As suspeitas foram autuadas em flagrante pelo delito de receptação qualificada.
Além do Rio, também houve diligências no Estado de São Paulo. O objetivo era cumprir quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.
Violência doméstica
Policiais civis da 66ª DP (Piabetá) prenderam um homem em flagrante, na quarta-feira, acusado de posse ilegal de arma de fogo, ameaça e tentativa de lesão corporal decorrente de violência doméstica. Ele foi encontrado dentro da casa da ex-companheira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na posse de dois revólveres não registrados.
Os agentes da distrital receberam uma denúncia de que o homem estaria muito exaltado na residência da ex-companheira. No local, os policiais encontraram a vítima, o acusado e os filhos do casal. A mulher relatou aos agentes que, há anos, sofre violência doméstica, inclusive já sendo ameaça com uma faca, perseguida e coagida pelo ex-companheiro.
Os policiais realizaram buscas na residência e localizaram dois revólveres municiados dentro de uma lixeira. O acusado assumiu que as armas de fogo eram dele e que não tinham registro. Ele foi detido e encaminhado à delegacia.
Policiais civis da 27ª DP (Vicente de Carvalho) prenderam um homem, na quarta-feira, acusado de estupro de vulnerável. De acordo com as investigações, o suspeito teria se favorecido da relação familiar para praticar a violência sexual contra as vítimas, que duraram por anos, quando as vítimas tinham, inicialmente, oito e nove anos de idade. Ele foi capturado no interior de um shopping em Del Castilho, na Zona Norte da cidade.
As investigações da distrital foram finalizadas e o homem foi indiciado pelo delito. A prisão cautelar dele foi deferida e, após um trabalho de inteligência, os policiais localizaram e prenderam o acusado. Ele foi conduzido do shopping à delegacia.
Suspeito é flagrado carregando aro de ferro e tampa de bueiro
Guardas municipais do Grupamento de Operações Especiais (GOE) flagraram, na quarta-feira, um homem de 47 anos, carregando um aro de ferro (estrutura de bueiro de logradouro público) no cruzamento das Ruas General Roca com Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Durante a abordagem, o suspeito relatou ter encontrado o material no lixo e que iria vender em um ferro-velho na Maré, na Zona Norte. O homem ainda levou os agentes ao local indicado, onde a tampa do bueiro foi encontrada.
O material foi apreendido e levado juntamente com o suspeito para a 19ª DP (Tijuca), onde o caso foi registrado. Ele já tem passagens por furto e ameaça.
Desde de 2021, a Secretaria de Ordem Pública já apreendeu 115 toneladas de fios e cobres nas fiscalizações de ferros-velhos.