Rio de Janeiro, 03 de Novembro de 2024

Polícia desarticula rede de lavagem de dinheiro ligada a facções criminosas

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Quarta, 09 de Outubro de 2024 às 15:06, por: CdB

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, foram decretados o sequestro de bens imóveis e veículos, bem como o bloqueio de valores que podem chegar a R$ 70 milhões.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Sul (FICCO/RS) deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Privilege, com o objetivo de combater uma rede de operadores financeiros que presta serviços a diversas organizações criminosas em todo o Brasil.

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Objetivo de combater uma rede de operadores financeiros que presta serviços a diversas organizações criminosas

Durante a ação, 102 policiais (75 PF, 12 PRF, 5 PC, 10 BM) cumprem 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão. Foram decretados ainda o sequestro de bens imóveis e veículos, além do bloqueio de valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.

As ordens judiciais foram emitidas pelo colegiado da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, que também autorizou o bloqueio de 82 contas bancárias pertencentes a grupos que atuaram no Rio Grande do Sul, até o montante de R$ 70 milhões.

A investigação começou após o recebimento de informações sobre um grupo que recolhia dinheiro em espécie de facções criminosas atuantes no Vale dos Sinos e na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, com o objetivo de lavar esses valores.

O esquema de lavagem de dinheiro identificado tem alcance nacional e era operado a partir de São Paulo, utilizando contas bancárias de interpostas pessoas para movimentar recursos ilícitos. Nos últimos cinco anos, foram detectados mais de R$ 770 milhões em depósitos em todo o território brasileiro, conforme Relatórios de Inteligência Financeira.

Facção criminosa

No Vale dos Sinos, integrantes de uma facção criminosa local utilizavam essa estrutura para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, com coletas semanais de valores que eram posteriormente depositados e disponibilizados como ativos de origem aparentemente lícita. Somente no Rio Grande do Sul, foram identificados mais R$ 73 milhões em movimentações dessa natureza.

A FICCO/RS é composta por diversas instituições, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal do RS (SUSEPE), e faz parte do Plano de Enfrentamento à Criminalidade Violenta do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Seu objetivo é intensificar o combate às organizações criminosas e à criminalidade violenta.

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