Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Polícia conclui ação de combate a desmatamento em parque indígena

A operação surgiu a partir de inúmeras denúncias de extração ilegal de madeira na região do Entre Rios em Nova Ubiratã, em que uma Organização Criminosa composta por madeireiros locais e alguns líderes indígenas estariam auferindo grandes lucros com a atividade ilegal.

Sexta, 23 de Junho de 2023 às 13:39, por: CdB

A operação surgiu a partir de inúmeras denúncias de extração ilegal de madeira na região do Entre Rios em Nova Ubiratã, em que uma Organização Criminosa composta por madeireiros locais e alguns líderes indígenas estariam auferindo grandes lucros com a atividade ilegal.


Por Redação, com ACS - de Brasília


A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira, Operação Prepori, que teve o objetivo de combater os crimes de desmatamento, corte seletivo e furto de bem da União no Parque Indígena do Xingu, PIX, na região dos municípios de Feliz Natal/MT, Nova Ubiratã/MT, Paranatinga/MT e União do Sul/MT. As investigações constaram a atuação de uma organização criminosa composta por madeireiros locais e alguns líderes indígenas.




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Mais de 90 agentes da Polícia Federal e do Ibama participaram da operação

A operação surgiu a partir de inúmeras denúncias de extração ilegal de madeira na região do Entre Rios em Nova Ubiratã, em que uma Organização Criminosa composta por madeireiros locais e alguns líderes indígenas estariam auferindo grandes lucros com a atividade ilegal e impondo silêncio à maioria indígena descontente. A ação no território indígena também é uma reivindicação dos próprios Caciques e Lideranças dos 16 Povos Indígenas do PIX, conforme Carta da 8ª Governança Geral do Território Indígena do Xingu – GGTIX.


Peritos da Polícia Federal elaboraram laudos constatando em imagens de satélite a ocorrência de grande número de clareiras de extração recente de madeira em uma área degradada total de cerca de 7,8 mil hectares, madeira essa que em valores conservadores equivale a cerca de R$ 170 milhões. Além disso, também foram constatadas áreas de extensão equivalente com cicatrizes de queimadas, que também possuíam índicos de exploração ilegal de madeira. O prejuízo proveniente da evasão/destruição de recursos florestais somado à degradação ambiental dentro da terra indígena foi valorado em cerca de 1,7 bilhão de reais.


Equipes fizeram infiltrações por terra e ar em pontos específicos das terras indígenas indicados por análise de imagens de satélite de altíssima resolução do programa Brasil M.A.I.S. da Polícia Federal e constataram grande número de esplanadas de madeira com grande volume de toras recém abatidas, pátios de desdobramento de lascas e palanques feitos de essências florestais de grande valor como Itaúba, Morcegueira, Cambará e Angico. Durante a Operação foram destruídos tratores, maquinários e um caminhão toreiro.


Os dados, imagens e trilhas mapeadas integrarão um dossiê sobre a degradação do vale do alto Rio Xingu que reforçará inquérito policial a fim de agregar provas e solicitar a prisão dos autores, bem como a perda de seus bens. Após a ação policial e administrativa no Parque Indígena, as investigações prosseguirão para responsabilizar os financiadores e demais envolvidos na extração ilegal de madeira no território indígena, ação criminosa que provoca grandes danos ao meio ambiente e à população indígena da região, além do desequilíbrio no mercado financeiro.



Força-Tarefa cumpre mandado para investigar crime de tráfico de arma


A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Colt, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na capital amapaense.


A investigação identificou um grupo virtual em aplicativo de mensagem, com vários membros de uma facção criminosa atuante no estado. A organização já fora alvo de operações passadas deflagradas pela Força Tarefa.


A FTSP identificou um homem de 20 anos, que já foi citado em boletim de ocorrência por roubo qualificado e receptação, sendo foi possível identificar que o ele trocava mensagens planejando futuros roubos, assim como negociava objetos de origem ilícita.


Há indícios significativos de que o homem estaria comercializando arma de fogo de forma ilegal neste grupo de faccionados, fomentando a guerra de facções. Ele poderá responder pelos crimes de tráfico de arma e por integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderá pegar uma pena de até 20 anos de reclusão mais pagamento de multa.





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