Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Polícia combate financiamento de exploração à Terra Indígena Yanomami

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Segunda, 04 de Dezembro de 2023 às 14:30, por: CdB

A operação é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Indígena Yanomami que se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada e estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.


Por Redação, com ACS - de Brasília


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a operação Disco de Ouro, com objetivo de desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.




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Operação Disco de Ouro investiga movimentações de quase R$ 250 milhões que envolveriam garimpeiros e empresários, inclusive um do ramo musical e um cantor

São cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos (SP), Santarém/PA, Uberlândia/MG e Itapema/SC. Também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.


A operação é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Indígena Yanomami que se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada e estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.


O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA, e supostamente transportado para Roraima para tratamento. As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.


Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.


O esquema contaria, ainda, com um empresário do ramo musical, de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes, bem como um cantor, que teria recebido ao menos um milhão de reais de uma mineradora investigada.


As investigações seguem em andamento.


PF e ICMBio investigam incêndio criminoso em Reserva Biológica do Amapá


Na última quinta-feira, a Polícia Federal e o ICMBio promoveram uma ação de repressão a diversos focos de incêndio em região de reserva federal no Amapá.


Segundo informações, o incêndio teria começado no dia 14 de novembro e se alastrou por uma região de aproximadamente seis mil hectares, dos quais cinco mil pertencem à Reserva Biológica do Lago Piratuba, na região de Cutias, interior do Amapá.


A PF e o ICMBio contaram com o apoio de um helicóptero tripulado por militares da aeronáutica. Os servidores sobrevoaram a região da reserva por cerca de três dias, investigando as possíveis causas dos incêndios, bem como os seus eventuais responsáveis.


Após investigações, um homem e dois adolescentes foram identificados como autores do incêndio. Eles informaram que haviam saído para caçar e pescar na reserva, quando pararam em um determinado ponto para se alimentar e utilizaram fogo para cozinhar o alimento.


Os indivíduos não se preocuparam em apagar a fogueira, o que provocou com que o fogo pegasse na vegetação ao redor da área, que estava muito seca, e se alastrasse com muita velocidade, causando um enorme impacto na fauna e na flora local com a morte de diversos animais e a destruição da vegetação local.


Calcula-se um prejuízo de aproximadamente R$ 54 milhões em multa para autores de crimes dessa magnitude.


As três pessoas identificadas poderão responder pelos crimes de incêndio culposo e o homem maior de idade também irá responder por corrupção de menores. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 6 anos de reclusão.




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