Antônio saiu de casa para caminhar pelo Aterro do Flamengo e, por volta das 17h30, o aplicativo de rastreamento usado por sua esposa indicou que ele havia entrado na trilha do Morro da Urca. Pouco depois, o sinal foi perdido.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil participa das operações para localizar o professor universitário aposentado Antônio Petraglia, de 70 anos, nesta quinta-feira. Agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), com apoio do Serviço Aeropolicial (Saer) da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), sobrevoam a trilha do Pão de Açúcar, na Urca, Zona Sul do Rio, com câmeras térmicas. As ações chegam ao quinto dia.
Antônio saiu de casa para caminhar pelo Aterro do Flamengo e, por volta das 17h30, o aplicativo de rastreamento usado por sua esposa indicou que ele havia entrado na trilha do Morro da Urca. Pouco depois, o sinal foi perdido.
O idoso tem diagnóstico de Alzheimer e era monitorado pelo celular. Segundo familiares, ele é fisicamente ativo e costumava sair para se exercitar com frequência. A família afirma ainda que Antônio realizava acompanhamento neurológico regular e que a doença não apresentava avanço desde janeiro.
– A família agradece a todos que estão mobilizados na busca do nosso querido Antônio. Àqueles que estão julgando sem conhecimento de causa, gostaríamos de informar que o Antônio faz tratamento regular com neurologista para o estacionamento da doença. De janeiro até o momento, a doença não progrediu, segundo avaliação médica. Embora ele tenha esquecimentos, tem completa autonomia, movimenta a sua conta bancária e cartões de crédito, é atleta e faz corrida há muitos anos – detalhou a cunhada Simone Martins Rembold.
Ela reforçou que mantê-lo em casa contra a vontade seria uma violência: “Constituiria numa violência ao idoso, passível de criminalização. Ele não é uma doença, é uma pessoa que tem Alzheimer. Tomamos todas as providências para mitigar danos, ele anda com uma corrente com placa de identificação, endereço e telefone, e anda com uma airtag na carteira, pela qual é monitorado no celular. É um desafio lidar com pessoas que tem Alzheimer, especialmente aquelas que são fisicamente ativas”.
Buscas
Desde domingo, os bombeiros atuam em uma operação extensa de buscas no local. As equipes percorrem a trilha e seus pontos de bifurcação, além de utilizarem drones com sensores térmicos para detectar calor humano. Cães de faro da corporação também estão no local.
Buscas estão sendo feitas no mar com o auxílio de motos aquáticas, já que a trilha possui trechos que terminam em barrancos com acesso direto à Praia Vermelha.
