Operação cumpriu mandados em Duque de Caxias; prejuízo à estatal passa de R$ 1,5 milhão.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil fez, nesta terça-feira, uma operação para desarticular um esquema criminoso de furto de petróleo em dutos da Transpetro. São cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O prejuízo à estatal já ultrapassa R$ 1,5 milhão.

As investigações começaram em dezembro de 2023, após a descoberta de uma derivação clandestina em um duto em Queimados, onde foram encontradas mangueiras e válvulas camufladas com concreto e cobertura vegetal.
Como o esquema funcionava
O grupo usava empresas de fachada, documentos falsificados e veículos em nome de terceiros para manter o esquema. Um dos alvos já havia sido investigado por furtos de combustíveis em outras operações.
De acordo com os agentes, a quadrilha utilizava caminhões-pipa, carros e motos na logística do crime, além de imóveis no Parque Eldorado, em Duque de Caxias, apontados como refinarias clandestinas e pontos de adulteração de derivados de petróleo.
A operação
A ação, coordenada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e apoio da Transpetro, busca arrecadar documentos, veículos, celulares, mídias e equipamentos que comprovem a extensão da rede criminosa e identifiquem novos integrantes.
Segundo a polícia, ligações clandestinas em dutos representam risco de explosões, incêndios e contaminação ambiental, além de ameaçar o abastecimento energético.
Outras ações
A Polícia Civil já deflagrou este ano duas grandes operações contra esses grupos. Em fevereiro, um dos alvos foi o bicheiro Vinicius Drummond, suspeito de fornecer veículos usados nos furtos — ele nega envolvimento. Em julho, a ação mirou criminosos reincidentes, entre eles Mauro Pereira Gabry, investigado desde 2017, já preso duas vezes e atualmente foragido.
Monitoramento em tempo real
Para prevenir tragédias, a Transpetro mantém um centro de controle que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Técnicos acompanham alterações de pressão e podem ligar ou desligar bombas, abrir ou fechar válvulas e acionar equipes em campo. Drones sobrevoam áreas sensíveis, e moradores têm à disposição o telefone 168 para denúncias anônimas e gratuitas.
As quadrilhas, contudo, também se sofisticaram. Divididas em equipes, montam estruturas clandestinas durante a noite e, no dia seguinte, usam caminhões disfarçados para transportar o combustível furtado.