O primeiro lote com 1.342 capacetes, comprado por R$ 4,5 milhões, chega em março e, inicialmente, será destinado a policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dos Grupamentos de Ações Táticas (GATs), pequenos grupos especializados em incursões das unidades convencionais.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
Os policiais militares (PMs) do estado do Rio de Janeiro usarão capacetes balísticos em operações nas comunidades. O uso do aparato é inédito em incursões nas comunidades fluminenses.
O primeiro lote com 1.342 capacetes, comprado por R$ 4,5 milhões, chega em março e, inicialmente, será destinado a policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dos Grupamentos de Ações Táticas (GATs), pequenos grupos especializados em incursões das unidades convencionais.
O equipamento
No Brasil, o equipamento faz parte do uniforme de militares do Exército e dos fuzileiros navais para atividades de patrulhamento e também é utilizado por forças especiais de várias corporações pelo mundo, como os Seals da Marinha dos Estados Unidos. Na PM fluminense, entretanto, o uso do aparato para incursões em comunidades é inédito, somente agentes do Batalhão de Choque usam capacetes, mas em situações de controle de distúrbios, como manifestações.
A aquisição do equipamento é um compromisso assumido pela corporação no Plano de Redução da Letalidade Policial enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado, como determinado pela Corte na ADPF 635, ação que questiona a política de segurança do Rio.
Em 2020, o estado do Rio foi condenado na Justiça por não prover capacete a um policial militar atingido por um tiro na cabeça durante operação. A juíza Alessandra Cristina Tufvesson, da 8ª Vara de Fazenda Pública, determinou que governo indenizasse em R$ 120 mil um tenente que ficou com o lado direito do corpo paralisado após ser baleado numa incursão do Batalhão de Ações com Cães (BAC) no Morro da Mangueira, em 2018.