O inquérito vai apurar também se houve a participação de outras pessoas no sequestro. O sequestrador não tinha antecedentes criminais
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A Polícia Civil já ouviu mais de 30 testemunhas no inquérito que apura a morte de William Augusto da Silva, de 20 anos, na terça-feira, por atiradores de elite do Bope, após sequestrar um ônibus e manter 37 pessoas reféns por três horas e meia, na Ponte Rio-Niterói. O inquérito foi instaurado na terça-feira, e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) já ouviu os reféns e parentes do jovem. ”A DHC realizou perícia no local e o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de necrópsia. A arma que ele usava, aparentemente de brinquedo, também será periciada, assim como um teaser (equipamento de choque) e outros objetos encontrados com William”, informou a Polícia Civil. O conteúdo das garrafas pets também não seria gasolina, ainda segundo testemunhas. Trataria-se de urina humana, mas a perícia também será realizada sobre este elemento, assegura a autoridade policial. O inquérito vai apurar também se houve a participação de outras pessoas no sequestro. O sequestrador não tinha antecedentes criminais e, segundo a polícia, estava passando por um surto psicótico no momento do sequestro. O corpo de William foi liberado pelo Instituto Médico Legal pouco depois do meio dia desta quarta-feira. A família não divulgou o local do velório e do enterro. A Secretaria estadual de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência esteve no IML para garantir a gratuidade do enterro, conforme anunciado pelo governo, porém a família negou o auxílio. Segundo a secretaria, a avó de William tinha um plano funerário e a família optou por utilizá-lo.