Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PM de folga é preso por matar homem em casa de shows na Zona Oeste

Um policial militar foi preso após matar um homem em uma briga em uma casa de shows na Zona Oeste do Rio. Entenda os detalhes deste caso chocante.

Sexta, 29 de Agosto de 2025 às 11:22, por: CdB

Testemunhas relataram que o agente levou um soco durante a discussão, dentro de uma casa de shows, e, minutos depois, retornou ao local armado e atirou contra a vítima.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Um policial militar de folga foi preso por atirar e matar um homem após uma briga em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, na última segunda-feira.

PM de folga é preso por matar homem em casa de shows na Zona Oeste | Vítima foi levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu
Vítima foi levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu

Testemunhas relataram que o agente levou um soco durante a discussão, dentro de uma casa de shows, e, minutos depois, retornou ao local armado e atirou contra a vítima.

Yago de Lima Borges chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. Ele passou por cirurgia e permaneceu internado em estado grave. Nesta sexta-feira, a unidade informou que ele não resistiu aos ferimentos.

O caso aconteceu na Rua Francisco Real. Ainda conforme os relatos, o policial foi agredido e deixou o local. Minutos depois, ele teria retornado e atirado na vítima, já do lado de fora do estabelecimento.

Ele foi detido ainda no local por homens do 14º BPM (Bangu) e encaminhado para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói. O caso é investigado pela 34ª DP (Bangu).

Homem condenado a 25 anos por matar passista trans em São Gonçalo

Um crime brutal que chocou São Gonçalo teve seu desfecho na quinta-feira, quando o Tribunal do Júri condenou Marlon Nascimento a 25 anos de prisão pelo assassinato da passista trans Amanda de Souza Soares, conhecida artisticamente como Mandy Gin Drag. O homicídio, ocorrido em fevereiro de 2024, foi considerado quadruplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel, traição e feminicídio.

Segundo a investigação, Marlon atraiu Amanda até um terreno baldio ao lado da casa dela, no bairro Jardim Nova República, após enviar diversas mensagens pelas redes sociais. Os dois mantinham um relacionamento que o acusado temia ver revelado. No local, ele a golpeou brutalmente com uma faca, ceifando a vida de uma artista que era referência no carnaval gonçalense e ativista da comunidade trans.

Durante a sentença, a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine destacou a frieza do réu, que tentou manipular a cena do crime criando um falso álibi e até chegou a consolar amigos da vítima. “Sua conduta demonstra o desprezo à vida da vítima, bem como sua intenção de confundir as investigações”, escreveu a magistrada.

Amanda era reconhecida pela energia nos desfiles da Acadêmicos do Cubango, onde desfilava como passista desde a adolescência. Além do samba, tinha paixão pela música sertaneja e se apresentava em festas interpretando grandes sucessos. Nas redes, se identificava como mulher trans, drag queen e ativista da causa LGBTQIA+.

O caso reacende o alerta para a escalada de violência contra pessoas trans no estado do Rio de Janeiro. De acordo com levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), somente em 2024 foram registrados 10 assassinatos de pessoas trans no Estado, a maioria mulheres trans e travestis.

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