O PL chegou a divulgar nota assinada por Bolsonaro, a qual informava quanto ao encaminhamento "pela rejeição total' ao texto” mas, nos bastidores, o próprio Costa Neto admite que parcela substancial dos parlamentares, senão a maioria, não seguirá as orientações do líder considerado inelegível.
Por Redação - de Brasília
A bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara cogitava, nesta terça-feira, a possibilidade de fechar questão contra a reforma tributária, em pauta na Casa para ser debatida e votada ao longo desta semana. Presidente da legenda, o ex-deputado Valdemar Costa Neto seguia as ordens do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro, que foi às redes sociais desqualificar a proposta de reforma tributária e fazer campanha contra a aprovação da matéria.
O PL chegou a divulgar nota assinada por Bolsonaro, a qual informava quanto ao encaminhamento "pela rejeição total' ao texto” mas, nos bastidores, o próprio Costa Neto admite que parcela substancial dos parlamentares, senão a maioria, não seguirá as orientações do líder considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, em recente julgamento, retirou Bolsonaro do cenário eleitoral pelos próximos oito anos.
Agilidade
Além de relevar os interesses suprapartidários que envolvem a reforma tributária, para justificar o posicionamento contrário à matéria, o PL também não se posicionou sobre qualquer punição aos parlamentares que se recusarem a seguir as orientações de Bolsonaro. O projeto de reforma tributária, em tramitação, é considerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como essencial para alavancar a economia e atrair investimentos.
Na véspera, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa de maior agilidade na tramitação da pauta econômica nesta semana e propôs que o tema não seja contaminado pela disputa política.
— Os votos, lógico, são inerentes a cada parlamentar — resumiu Lira.