Em recente entrevista coletiva concedida à mídia progressista, Pimenta abordou, didaticamente, os discursos da extrema-direita, dos neoliberais e da esquerda perante os fatos.
Por Redação – de Brasília
O agora ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, tem um entendimento claro da divisão ideológica em curso, no Estado gaúcho, e como se diferenciam os principais campos ideológicos diante de uma tragédia tal como a se abateu na região.
Em recente entrevista coletiva concedida à mídia progressista, Pimenta abordou, didaticamente, os discursos da extrema-direita, dos neoliberais e da esquerda perante os fatos.
— A gente observa nesse momento, de forma muito evidente, três grandes discursos. O discurso da extrema-direita é, necessariamente, o discurso das fake news e das mentiras, pois nas tragédias, nas pandemias, são os momentos em que o poder público e as políticas públicas aparecem com muita força e a sociedade enxerga o papel do Estado — detalhou o ministro.
Para a extrema-direita, segundo Pimenta, é fundamental construir uma narrativa de que o Estado é ineficiente “e de que o que vale é cada um por si e que as políticas públicas não funcionam”.
— Foi assim que eles fizeram na pandemia. Então esse é o momento fundamental para construir-se uma narrativa, que a gente estamos vendo diariamente — acrescentou.
Fundos
Na sequência, o ministro expôs a mentalidade dos neoliberais e da esquerda ante a crise.
— De um outro lado nós vamos ver um discurso do neoliberalismo, do Estado mínimo, da contratação das consultorias internacionais, dos ‘fundos de reconstrução. Aí, nós vamos ver o nosso campo político: o campo da esquerda, das políticas públicas e o programa de recuperação do Rio Grande do Sul, a partir de uma lógica sustentável, sócio-ambiental que discuta e aprofunde além das causas meteorológicas o porquê que tudo isso aconteceu e como nós temos que proceder para que isso aqui pra frente situações começam a não se repitam — pontuou.
Irresponsáveis
Para o ministro, em outro pronunciamento pelas redes sociais, nesta manhã, é necessário responder à notícias falsas. Pimenta assumiu o cargo de ministro de Estado da Secretaria Extraordinária de Apoio para Reconstrução do Rio Grande do Sul, na quarta-feira. Trata-se de uma pasta temporária para que se disponha um canal direto entre o governo do RS, de Eduardo Leite (PSDB), e federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nota, o ministro disse que “parte da mídia, desavisada ou mal intencionada, se junta a influenciadores e políticos irresponsáveis”. Também afirmou que os mentirosos bolsonaristas “não vencerão”, e que; além de contar com a confiança do presidente, trabalhará para reconstruir a capital do Estado, Porto Alegre, e todas as cidades devastadas pelas cheias.
Algumas das fake news disseminadas sugerem que Pimenta teria sido hostilizado em Canoas e que ele se preocupasse mais com o time dos desabrigados.
Traidores
“Estou vivendo isso ‘na pele’. Desde o momento de minha nomeação pelo presidente Lula para representar o governo federal no RS, uma avalanche de fake news de toda ordem vem sendo orquestrada e fortemente trabalhada para minar minha capacidade de trabalho e desacreditar nossa ação de, com União e Reconstrução, trabalhando junto com prefeituras, sociedade gaúcha e governo do estado, ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul. Não vencerão”, avisou.
A história, segundo o ministro, “não guarda lugar de destaque para traidores e quintas-colunas e não será diferente agora”.
“Com todo apoio de Lula e a capacidade de resiliência e mobilização de todo Brasil e do povo gaúcho só o que não traremos de volta, infelizmente são as vidas que foram perdidas. Confio nisso e vou trabalhar para isso”, concluiu.