Embora a estimativa de crescimento para 2021 tenha um ligeiro acréscimo, de 0,3 ponto percentual, chegando a 3,50%, o ambiente continua negativo junto as principais agências internacionais de risco, que preveem uma queda maior do que 10% no PIB para este ano e um crescimento abaixo de 1,5% para o ano que vem.
Por Redação - de Brasília
Analistas de mercado previram uma contração da economia brasileira perto de 6%, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. De acordo com o levantamento semanal, o Produto Interno Bruto deve contrair 5,89% em 2020, de uma queda esperada anteriormente de 5,12%.
Embora a estimativa de crescimento para 2021 tenha um ligeiro acréscimo, de 0,3 ponto percentual, chegando a 3,50%, o ambiente continua negativo junto as principais agências internacionais de risco, que preveem uma queda maior do que 10% no PIB para este ano e um crescimento abaixo de 1,5% para o ano que vem.
O Ministério da Economia prevê contração do PIB em 2020 de 4,7%, contra alta de 0,02% vista em março. Esse seria o pior resultado da série histórica que começou em 1900.
Economistas
Já o cenário para a política monetária este ano permaneceu o mesmo, com os especialistas consultados mantendo a previsão de taxa básica de juros a 2,25%. Mas para 2021 a conta caiu a 3,29% na mediana das projeções, de 3,50% na semana anterior. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 2,25% este ano, mas reduziu a perspectiva no ano que vem a 2,88%, de 3,50% antes.
A pesquisa com uma centena de economistas apontou ainda que a expectativa para a inflação passou a 1,57% em 2020 e 3,14% em 2021, de 1,59% e 3,20% respectivamente no levantamento anterior. O centro da meta oficial de 2020 é de 4%e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O cenário para o dólar também sofreu a alteração, com a moeda norte-americana estimada em R$ 5,40 este ano ante R$ 5,28 antes, e caindo a R$ 5,03 no final de 2021, de R$ 5 previamente.