Ainda nesta manhã, a defesa de Bolsonaro afirmou que seria "ilógico" sugerir que o ex-presidente pediria asilo político durante o período em que ficou hospedado em solo húngaro, no mês passado. A explicação foi enviada ao Supremo após Moraes dar prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar a estadia.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira o prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre os esclarecimentos prestados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre os pernoites na embaixada da Hungria. Após receber o parecer da PGR, o ministro irá se manifestar acerca dos fatos.
Ainda nesta manhã, a defesa de Bolsonaro afirmou que seria "ilógico" sugerir que o ex-presidente pediria asilo político durante o período em que ficou hospedado em solo húngaro, no mês passado. A explicação foi enviada ao Supremo após Moraes dar prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar a estadia.
Na segunda-feira, o diário norte-americano The New York Times (NYT) publicou que o ex-presidente permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.
Prisão
Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes, após ser alvo de busca e apreensão, no âmbito da ‘Operação Tempus Veritatis’, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país, no 8 de Janeiro.
De acordo com tratados internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao cumprimento de um eventual mandado de prisão expedido por ordem do Supremo.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de ultradireita, um dos poucos chefes de Estado que estiveram na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam elogios públicos.