A PF quer contar com o auxílio do serviço de inteligência das instituições, da força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, do emprego de batedores, dos Corpos de Bombeiros e dos órgãos de trânsito. O documento foi elaborado antes do assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu (PR).
Por Redação - de Brasília
Com a tensão política acirrada no país, a Polícia Federal (PF) encaminhou aos Estados pedidos de ajuda das polícias locais para a "complexa" tarefa de proteger os candidatos à Presidência da República. O diretor-executivo Sandro Avelar é o responsável pela área que cuida das seguranças dos candidatos.
A direção da PF orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos estados para mobilizar esforços no processo. A cúpula da PF diz que o "cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral".
A PF quer contar com o auxílio do serviço de inteligência das instituições, da força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, do emprego de batedores, dos Corpos de Bombeiros e dos órgãos de trânsito. O documento foi elaborado antes do assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu (PR), caso que escancarou a escalada da ciolência política no país. O esquema de proteção da PF aos presidenciáveis será implantado a partir de 20 de julho, quando as candidaturas forem homologadas.
Apoio
O trabalho de segurança da PF ocorre somente na proteção dos presidenciáveis e terá início logo após a homologação de cada candidatura em suas respectivas convenções, a partir de 20 de julho. A decisão de contatar os Estados com o objetivo de fortalecer as ações de segurança durante a campanha eleitoral vem no momento de aumento de tensão política no país.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, por exemplo, informou ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP) que recebeu o ofício da PF e já se prepara para dar o apoio necessário.
— Recebemos o ofício e estamos a postos. Vamos dar total apoio para a PF. Temos 30 mil homens aqui e estamos prontos para ajudar. Vamos mobilizar todo mundo que for demandado — disse Sandro Caron, chefe da pasta, à FSP.
Diálogo
A secretaria da Paraíba também recebeu o documento e disse ao jornal que tem reuniões agendadas com a PF e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tratar da segurança durante o período eleitoral.
— Estamos trabalhando de maneira coordenada e nossos órgãos operativos têm a recomendação de apoiar a PF durante as eleições, já que o pleito exige ações colegiadas. Sempre mantivemos o diálogo e integração entre as forças estaduais e a PF e neste ano não será diferente — resumiu o secretário Jean Nunes.