Droga era importada em garrafas com rótulos de uísque, mandados foram cumpridos em Botafogo e Copacabana.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira, a Operação Whisky, para desarticular um esquema de tráfico internacional de maconha líquida concentrada enviada dos Estados Unidos ao Rio de Janeiro em garrafas com rótulos de uísque.
Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em endereços de Botafogo e Copacabana, na Zona Sul, com o objetivo de reunir provas sobre a atuação do grupo. Foram apreendidos celulares, pendrives e documentos.
As investigações começaram após a interceptação de uma remessa postal no Aeroporto do Galeão, durante fiscalização de rotina da Receita Federal. O material, que vinha dos Estados Unidos, continha a droga disfarçada nas garrafas.
Com base nessa apreensão, a PF aprofundou as apurações e identificou outras possíveis remessas suspeitas com o apoio da Receita.
Os investigados poderão responder por tráfico internacional de drogas.
Polícia Civil apreende bebidas irregulares
A Polícia Civil divulgo que agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) apreenderam, no último sábado, centenas de garrafas de bebidas alcoólicas com suspeita de irregularidades em estabelecimentos do Rio e da Baixada Fluminense. A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços ligados a investigados por vender e distribuir bebidas vencidas e com indícios de falsificação.
A ação é parte dos esforços para conter a venda de produtos adulterados após o aumento de casos de intoxicação por metanol em diferentes estados do país. Segundo a corporação, uma pessoa foi presa por comercializar bebidas fora do prazo de validade, e outras oito foram levadas à sede da DRCPIM para prestar esclarecimentos.
Desde quarta-feira, quando as fiscalizações foram intensificadas, mais de 50 endereços de bares, distribuidoras e residências foram vistoriados, resultando na condução de 14 pessoas às delegacias. Milhares de garrafas foram apreendidas por suspeita de adulteração, validade vencida ou armazenamento em condições insalubres
As investigações tiveram início a partir de denúncias de pessoas que teriam passado mal após ingerir bebidas alcoólicas em um bar na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste. A apuração levou os agentes até um grande depósito em Ramos, na Zona Norte, onde os agentes encontraram centenas de garrafas de cerveja e destilados com sinais de falsificação, além de produtos fora da validade e armazenados em condições insalubres.
Primeiro caso suspeito no Estado
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou, também no sábado, a primeira notificação de caso suspeito de intoxicação por metanol no Estado. A ocorrência foi registrada em Niterói, na Região Metropolitana.
Os exames laboratoriais ainda estão em andamento. Para acompanhar possíveis novos casos, a pasta montou, na sexta-feira, uma Sala de Situação, com o objetivo de monitorar e articular respostas rápidas entre os órgãos de vigilância.
Brasil soma 225 notificações e 16 casos confirmados
De acordo com o novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no fim da tarde de domingo, a crise de intoxicações por metanol já soma 225 notificações em todo o país. Ao todo, são 16 casos confirmados e 209 ainda sob investigação. Os dados do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (Cievs) consideram registros enviados pelos estados até as 16h.
Sintomas e riscos do metanol
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de extrema gravidade. No organismo, a substância se transforma em compostos tóxicos — como formaldeído e ácido fórmico — que podem causar cegueira ou até levar à morte.
Entre os sintomas mais comuns estão visão turva ou perda total da visão, além de náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa.
O Ministério da Saúde recomenda que qualquer pessoa com sintomas procure imediatamente atendimento médico e informe se consumiu bebidas suspeitas. É importante também orientar pessoas que possam ter ingerido o mesmo produto a buscarem avaliação médica o quanto antes, já que o atraso no diagnóstico aumenta o risco de óbito.
