O caso aconteceu durante a Operação Zargun, quando o então deputado estadual TH Joias acabou detido.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira durante a Operação Unha e Carne.

A ação mira o suposto vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun, deflagrada em setembro, quando o então deputado estadual TH Joias acabou detido.
De acordo com a PF, agentes públicos teriam antecipado detalhes internos da investigação, o que, na avaliação dos investigadores, comprometeu o andamento da Zargun e atrapalhou diligências planejadas pela corporação.
A ofensiva desta quarta-feira inclui um mandado de prisão preventiva, cumprido contra Bacellar, além de oito mandados de busca e apreensão e uma ordem de intimação para medidas cautelares alternativas à prisão. Todos foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação se insere no contexto da decisão do STF no âmbito do julgamento da ADPF 635-RJ (ADPF das Favelas) que, dentre outras providências, determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos.
A reportagem tenta contato com a Alerj e o partido de Bacellar. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Relembre prisão de TH Joias
A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam, em setembro, Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (MDB).
O parlamentar é investigado por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e negociação de armas com o Comando Vermelho (CV). Ele foi detido em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
A Operação Zargun, da Polícia Federal, cumpriu 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do sequestro de bens avaliados em R$ 40 milhões.
Segundo as investigações, o esquema de corrupção envolvia o deputado TH Joias, chefes do Comando Vermelho e outros agentes públicos — entre eles um delegado da PF, policiais militares e ex-secretários.