O grupo movimentou cerca de R$ 22 milhões entre 2022 e 2024, segundo a polícia.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira, quatro suspeitos de desviar pensões e benefícios de servidores mortos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A Operação Capgras investiga uma organização criminosa que usa documentos falsos para se passar por familiares de ex-professores e funcionários da instituição.
Mandados de prisão
Agentes cumprem cinco mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mangaratiba e Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Os presos foram encontrados em endereços na Barra da Tijuca, em Inhoaíba, em Nilópolis e em Mogi das Cruzes.
De acordo com a PF, o grupo movimentou cerca de R$ 22 milhões entre 2022 e 2024, utilizando laranjas e empresas de fachada para ocultar a origem e o destino do dinheiro. Pessoas ligadas à cúpula do Comando Vermelho podem ter recebido parte dos valores desviados.
Início das investigações
O caso começou a ser investigado após a denúncia de um pensionista da UFRJ, que descobriu a inclusão fraudulenta de um filho inexistente em seu benefício.
Uma auditoria interna da universidade confirmou diversos casos semelhantes, com prejuízo estimado em R$ 1,2 milhão apenas para a instituição.
Além das fraudes previdenciárias, os investigadores identificaram golpes bancários e lavagem de dinheiro.
Escritório do crime
Durante os mandados, os agentes encontraram um escritório com estações de trabalho em Mogi das Cruzes. No local foram apreendidos computadores, arquivos, documentos, planilhas, anotações que revelam as práticas criminosas da organização
Os suspeitos vão responder por falsificação de documentos, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa.