Rio de Janeiro, 05 de Novembro de 2024

PF combate desvio e lavagem de dinheiro de instituição de ensino

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Terça, 08 de Março de 2022 às 10:29, por: CdB

Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que a FCTE possuía grande volume de débitos tributários e previdenciários com a União, já vencidos, na monta de cerca de R$ 92 milhões. Além disso, havia também dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado, que não foram pagos.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação J’Adoube, para combater os crimes de desvio e lavagem de dinheiro da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR) e de sua mantenedora, a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE).
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Os valores desviados eram referentes às mensalidades de alunos dos cursos de graduação e especialização da Universidade
Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que a FCTE possuía grande volume de débitos tributários e previdenciários com a União, já vencidos, na monta de cerca de R$ 92 milhões. Além disso, havia também dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado, que não foram pagos. Neste último cenário, os dirigentes da FCTE, de forma premeditada e em conluio com titulares de empresas criadas especificamente para tal finalidade ilícita, teriam desviado, ao longo de mais de três anos, valores das mensalidades dos cursos oferecidos, os quais deveriam ingressar nas contas da FCTE para o pagamento de encargos correntes e dívidas.

Valores desviados

Os valores desviados eram referentes às mensalidades de alunos dos cursos de graduação e especialização da Universidade, oferecidos em diversos campi do estado de Minas Gerais. A PF representou por 28 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Varginha (2), Três Corações (3), Conceição do Rio Verde (1), Contagem (2), Nova Lima (2) e Belo Horizonte (6), além outras ordens judiciais de apreensão específicas em desfavor de pessoas físicas e jurídicas. Os investigados responderão por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a 22 anos de reclusão, se condenados. O nome da operação é referência a termo utilizado no jogo do xadrez que significa “eu arrumo”, para indicar que os investigados criavam (arrumavam/arranjavam) empresas para desvio de valores e consequente lavagem de ativos.  
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