A Operação Pantanal Terra Nullius visa desarticular um esquema de grilagem de terras da União no Pantanal sul‑mato‑grossense.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Pantanal Terra Nullius, que visa desarticular um esquema de grilagem de terras da União no Pantanal sul‑mato‑grossense e fraudes na emissão e comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) – ou Títulos de Cota de Reserva Ambiental Estadual (TCRAE).

As investigações indicam que empresários e fazendeiros da região, em conluio com servidores da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (AGRAER), falsificavam documentos e os inseriam em processos administrativos de titulação para obterem áreas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira.
Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Rio Brilhante (MS), além do sequestro de bens e bloqueio de valores de mais de R$ 3 milhões.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, usurpação de bens da União, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema público e infrações ambientais.
Denúncias anônimas podem ser encaminhadas pelo canal: https://forms.office.com/r/m75tcxze1v
Operação Moeda de Caronte
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a Operação Moeda de Caronte, com o objetivo de investigar crimes de corrupção ativa e passiva, fraude na concessão de crédito e lavagem de dinheiro, envolvendo um ex-gerente da Caixa Econômica Federal em Rondônia.
As investigações apontam que, entre 2020 e 2021, o ex-servidor aprovou, de forma fraudulenta, 34 financiamentos, beneficiando pessoas físicas e jurídicas em troca de pagamentos indevidos, o que gerou um prejuízo potencial de mais de R$ 1,5 milhão à instituição. Os valores recebidos eram dissimulados por meio de depósitos fracionados, quitação de boletos e movimentações entre contas de familiares e empresas.
Parte do dinheiro foi utilizada na compra de imóveis subavaliados e em despesas incompatíveis com a renda declarada. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além da determinação judicial de bloqueio de R$ 1,5 milhão em bens. Também são investigados familiares e empresas ligadas ao esquema.
Os envolvidos poderão responder por corrupção passiva e ativa, fraude na concessão de crédito e lavagem de dinheiro.