Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PF apreende mais de 30 drones usados irregularmente em Belém

A Polícia Federal interceptou 31 drones em voos ilegais durante a COP30 em Belém, garantindo a segurança do evento. Saiba mais sobre a operação.

Quinta, 06 de Novembro de 2025 às 11:09, por: CdB

Operação de segurança identificou mais de 300 voos ilegais de aeronaves não tripuladas em áreas restritas próximas à conferência climática.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Federal divulgou na quarta-feira um balanço das ações de monitoramento aéreo durante os primeiros dias da COP30, em Belém (PA). Segundo o órgão, 31 drones foram interceptados após voarem irregularmente em áreas de segurança da conferência, que reúne chefes de Estado, autoridades e ativistas ambientais de todo o mundo. No total, o sistema de vigilância registrou 316 voos não autorizados.

PF apreende mais de 30 drones usados irregularmente em Belém | Agente da PF usa arma anti-drone em Belém, que recebe
Agente da PF usa arma anti-drone em Belém, que recebe

Sistema detecta drones em até 10 quilômetros

De acordo com a PF, os equipamentos utilizados na operação conseguem detectar aeronaves não tripuladas em um raio de até 10 quilômetros e interceptá-las em até 2 quilômetros de distância. O objetivo é garantir a segurança de delegações, autoridades e do público que participa dos eventos oficiais.

“Os equipamentos empregados permitem a detecção de aeronaves não tripuladas em um raio de até 10 km e a neutralização em até 2 km, assegurando a integridade das operações e a proteção das autoridades e do público”, informou a Polícia Federal em nota.

Áreas de voo restrito

Durante a COP30, o voo de drones foi proibido nas zonas consideradas de interesse da conferência e da presidência, como o entorno do Aeroporto Internacional de Belém, do Parque da Cidade, do Porto Miramar e do Porto Outeiro. A restrição também vale para qualquer local onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver presente.

As medidas integram o esquema de segurança especial montado pelo governo federal, em parceria com as Forças Armadas, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Tecnologia de bloqueio e controle remoto

Os drones são interceptados por meio de interferência eletrônica, tecnologia que corta o sinal entre o equipamento e o controlador, fazendo com que a aeronave perca altitude e caia. Em alguns casos, os agentes utilizam sistemas capazes de assumir o controle do drone e pousá-lo em segurança.

A PF reforça que o uso não autorizado de aeronaves remotamente pilotadas em áreas restritas é considerado infração administrativa e pode configurar crime, conforme prevê a legislação penal e aeronáutica brasileira.

Edições digital e impressa