Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pequim sanciona lei de segurança que será divisor de águas para Hong Kong

Arquivado em:
Terça, 30 de Junho de 2020 às 08:57, por: CdB

O Parlamento da China sancionou uma lei de segurança nacional para Hong Kong nesta terça-feira, preparando o terreno para as mudanças mais radicais no estilo de vida da ex-colônia britânica desde que ela voltou ao controle chinês 23 anos atrás.

Por Redação, com Reuters - de Pequim/Hong Kong O Parlamento da China sancionou uma lei de segurança nacional para Hong Kong nesta terça-feira, preparando o terreno para as mudanças mais radicais no estilo de vida da ex-colônia britânica desde que ela voltou ao controle chinês 23 anos atrás.
pequim.jpg
Manifestante pró-democracia segura cartaz durante protesto em Hong Kon
Detalhes da lei, que chega como uma reação aos protestos pró-democracia muitas vezes violentos do ano passado na cidade e almeja combater a subversão, o terrorismo, o separatismo e o conluio com forças estrangeiras, devem ser divulgados ainda nesta terça-feira. Em meio ao temor de que a legislação destruirá as liberdades do pólo financeiro global e os relatos de que a pena mais severa prevista será a prisão perpétua, o grupo Demosisto do ativista democrático Joshua Wong anunciou que se dissolverá. – Isto marca o fim da Hong Kong que o mundo conheceu antes – disse Wong no Twitter. A lei aproxima Pequim ainda mais de uma rota de colisão com Estados Unidos, Reino Unido e outros governos ocidentais que disseram que a lei afeta o alto grau de autonomia que a cidade recebeu na transferência de 1º de julho de 1997.

EUA

Os EUA, já em atrito com a China por causa do comércio, do Mar do Sul da China e do novo coronavírus, começaram a eliminar o tratamento diferenciado de Hong Kong contemplado na lei norte-americana na segunda-feira, suspendendo exportações de defesa e restringindo o acesso à tecnologia. A China disse que retaliará. A líder de Hong Kong, Carrie Lam, falou por videoconferência com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra e fez um apelo à comunidade internacional para “respeitar o direito de nosso país de salvaguardar a segurança nacional”. Ela disse que a lei, que deve entrar em vigor de imediato, não minará a autonomia ou o Judiciário independente da cidade. Autoridades de Pequim e Hong Kong vêm repetindo que a legislação visa alguns “arruaceiros” e que não afetará direitos e liberdades, nem os interesses dos investidores.

A lei

A lei pode passar por um teste precoce, já que ativistas e políticos pró-democracia dizem que, apesar das restrições do coronavírus, desafiarão uma proibição da polícia e farão uma manifestação no aniversário da transferência no dia 1º de julho. Em contraste, dezenas de apoiadores de Pequim estouraram rolhas de champanhe e acenaram com bandeiras chinesas diante da sede do governo para comemorar.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo