Com a primeira parte da estação prevista para ser concluída em 2035, a missão Chang’e-6 já enviou com sucesso materiais essenciais da Agência Espacial Europeia (ESA) para o início da construção.
Por Redação, com Perfil Brasil– de Pequim
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) está determinada a deixar sua marca na exploração lunar ao anunciar planos para construir a International Lunar Research Station (ILRS) na Lua até 2050. O ambicioso projeto, iniciado em 2017, já conta com mais de 40 países signatários e promete revolucionar a pesquisa científica e a exploração espacial.
Com a primeira parte da estação prevista para ser concluída em 2035, a missão Chang’e-6 já enviou com sucesso materiais essenciais da Agência Espacial Europeia para o início da construção. A estação será erguida na região do polo sul lunar e abrigará instrumentos para experimentos científicos fundamentais, além de desenvolver estratégias para a utilização de recursos limitados.
Objetivos da International Lunar Research Station
A fase inicial da ILRS, planejada para 2035, tem como principal objetivo o estabelecimento de uma base básica que permita a realização de experimentos científicos. Esta base inicial ajudará os cientistas a entender melhor a Lua e a desenvolver tecnologias de produção de recursos a partir de suprimentos locais limitados. A escolha do polo sul lunar se deve à presença de recursos valiosos, como água, que são essenciais para a sobrevivência e pesquisa.
Como será a estrutura da estação lunar em 2050?
Em 2050, a China prevê uma expansão significativa da ILRS, integrando uma rede de transporte que conectará o polo sul lunar, o equador e o lado oculto do satélite. Esta fase do projeto será crucial para o estabelecimento de operações sustentáveis na Lua. A ILRS incluirá então:
Fornecimento de energia sustentável.
Controle central e comunicação.
Navegação avançada.
Gestão de transporte Terra-Lua.
Infraestrutura para pesquisa científica.
Adicionalmente, haverá uma estação espacial em órbita lunar para realizar pesquisas científicas e verificações técnicas essenciais para um futuro pouso tripulado em Marte.
As missões Chang’e-7 e Chang’e-8 estão programadas para 2026 e 2028, respectivamente, e desempenharão papéis fundamentais na construção da ILRS. Elas irão explorar o lado oculto da Lua, realizar levantamentos ambientais e testar a utilização de recursos lunares. Esses dados serão vitais para estabelecer a infraestrutura básica da estação e garantir o sucesso das operações futuras.
Cada uma destas missões terá tarefas específicas, como:
Exploração e mapeamento detalhado do lado oculto da Lua.
Realização de levantamentos ambientais para entender melhor a geologia lunar.
Testes de tecnologia para a utilização de recursos disponíveis na lua.
Com estes esforços, a CNSA pretende garantir que a ILRS seja equipada com as melhores tecnologias e conhecimentos científicos disponíveis.