Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Projeto leva poesia competitiva a estudantes do Rio

Descubra como o projeto Poéticas na Escola está transformando a vida de jovens no Rio com oficinas de slam e poesia crítica até novembro.

Sexta, 10 de Outubro de 2025 às 14:02, por: CdB

Os estudantes terão aulas até a metade de novembro. O projeto já passou por 13 escolas no município e região metropolitana do Rio de Janeiro.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

Uma escola na Zona Oeste do Rio de Janeiro será a próxima instituição de ensino a abraçar o projeto Poéticas na Escola – Slam. A partir de quarta-feira a Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, no bairro de Santa Cruz, vai receber 10 oficinas ministradas para alunos entre 12 e 14 anos sobre o slam: batida ou impacto em inglês, termo que também designa a poesia com viés crítico social, recitada sem recursos musicais e de figurino.

Projeto leva poesia competitiva a estudantes do Rio | Projeto Poéticas na Escola – Slam já alcançou mais de 2,7 mil jovens
Projeto Poéticas na Escola – Slam já alcançou mais de 2,7 mil jovens

Os estudantes terão aulas até a metade de novembro. O projeto já passou por 13 escolas no município e região metropolitana do Rio de Janeiro, e alcançou mais de 2.770 jovens. O objetivo é desenvolver a literatura e expressão poética entre os estudantes. 

A iniciativa é da organização Alkebulan Arte & Cultura, com o apoio de instituições públicas, como o Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Impacto

O coordenador do projeto Felipe Calarco diz acreditar que a experiência impacta positivamente no interesse dos estudantes pela leitura.

De acordo com Calarco, muitos jovens que eram tímidos passam a se expressar com mais segurança após a experiência, tanto na fala quanto na escrita. Outros descobrem na poesia uma forma de lidar com os sentimentos e elaborar as próprias vivências. Segundo o professor, há relatos de alunos que, após o projeto, passaram a se interessar mais por leitura, buscar referências e até escrever de forma espontânea, fora dos encontros.

Apesar dos benefícios do projeto, Calarco reclama da carência de recursos financeiros para melhor estruturação do Poéticas na Escola, além da dificuldade de conciliar o projeto com a rotina escolar já estabelecida. Na escola Emilinha Borba, por exemplo, as oficinas ocorrerão no contraturno. 

A ideia original de promover batalhas de poesia nas escolas surgiu em Chicago (EUA) nos anos 1980, e no Brasil foi abraçada principalmente pelo público jovem, das periferias, como ferramenta de expressão e resistência. O país reúne um circuito de competições nacional.

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