São aulas de instrumentos clássicos, comuns a orquestras, como violino, contrabaixo, saxofone e outros, ministradas para jovens de 6 a 18 anos de idade.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Uma iniciativa tem a música como ferramenta de transformação social e exercício da cidadania para crianças e jovens em áreas de vulnerabilidade social no Rio de Janeiro. A Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) oferece oficinas de música de concerto gratuitas há cerca de 30 anos.

São aulas de instrumentos clássicos, comuns a orquestras, como violino, contrabaixo, saxofone e outros, ministradas para jovens de 6 a 18 anos de idade.
As oficinas ocorrem presencialmente nos núcleos da ASMB na capital – Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Vila Isabel, Rocinha e Rio das Pedras, além de atuar também nas cidades de São Gonçalo e Petrópolis. O ensino musical ainda conta com reforço escolar para alunos até o 5º ano e lições de letramento racial.
Relevância social
Coordenador do polo no Complexo do Alemão, Gutemberg Mendes avalia que o projeto tem caráter educativo e também protege as crianças.
– Por meio da música, conseguimos tirá-los do convívio das coisas perigosas das ruas – afirmou.
– Com o projeto, eles conseguem ter uma visão mais ampla de oportunidades que podem conseguir lá fora. Além de formar músicos, a gente forma cidadãos melhores – acrescentou Mendes.
Para a estudante Ana Julia Mattos, de 14 anos, participar das aulas há cinco anos (desde os 9) trouxe novas perspectivas.
– O projeto me traz muitas responsabilidades e me ajuda, principalmente na escola. Mudou muito a minha vida, de verdade. Eu não conhecia sobre o projeto, não conhecia sobre a música, e essa oportunidade me trouxe conhecimento.
Como participar
Os interessados em se inscrever devem levar identidade, CPF e comprovante de residência no polo de sua localidade, endereços disponíveis no site oficial do projeto.
Para menores de idade, é necessário estar matriculado na escola, os responsáveis devem levar seus documentos de identificação e declaração escolar.
Projeto do Piauí sobre IA é selecionado para prêmio da Unesco
O projeto Piauí Inteligência Artificial, criado pelo governo do Piauí visando implantar a disciplina Inteligência Artificial em escolas estaduais, está entre os selecionados pela edição de 2025 do Prêmio Unesco-Rei Hamad Bin Isa Al-Khalifa para o Uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação. A Unesco é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Fruto de uma parceria envolvendo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Educação do Piauí, o programa indicado pela Comissão Nacional do Brasil para a Unesco é uma análise crítica sobre a aplicação da Inteligência Artificial (IA) e no apoio à equidade e inclusão.
Ele concorreu com 86 iniciativas internacionais, propostas por mais de 50 estados-membros e organizações não governamentais.
Unesco
Em seu site, a Unesco explica que o Piauí Inteligência Artificial incentiva lideranças locais para a integração responsável da IA.
“Com o objetivo de integrar a IA ao currículo escolar público no estado do Piauí, tornando-a disciplina obrigatória do 9º ano até o final do Ensino Médio, o Piauí Inteligência Artificial oferece um programa de aprendizagem de três anos que integra a ética da IA em todos os seus módulos e combina atividades digitais e presenciais, tornando-a acessível em ambientes com poucos recursos”, destaca a Unesco.
O projeto beneficia mais de 90 mil alunos em 540 escolas públicas a cada ano. Além disso, já capacitou mais de 680 professores.
Governo comemora
A seleção do projeto, entre os quatro laureados do prêmio, foi comemorada por autoridades brasileiras. “O governo brasileiro recebeu, com satisfação, a seleção do projeto Piauí Inteligência Artificial para a edição de 2025 do prêmio”, destacou, em nota, o Itamaraty.
De acordo com o júri internacional avaliador, o Piauí Inteligência Artificial representa um “modelo abrangente e inclusivo, capaz de empoderar educadores e agentes sociais para a promoção do uso ético e responsável da inteligência artificial na educação”.
“A seleção do projeto brasileiro reflete a importância atribuída pelo Brasil às tecnologias digitais como aliadas do desenvolvimento social e educacional”, destacou o Ministério das Relações Exteriores.