Bolsonaro vinha tentando solidificar Lula como candidato corrupto, aproveitando-se da perseguição judicial sofrida pelo petista. O ex-presidente já foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte reconheceu que ele não teve direito a um julgamento justo e foi vítima de um juiz parcial.
Por Redação - de Brasília
A compra de mais de 50 imóveis em dinheiro vivo por Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição do cargo que ocupa de presidente da República brasileira, e seus familiares, tornou-se a principal dor de cabeça para a equipe de campanha. Na apuração da jornalista Andréia Sadi, apresentadora do ‘Estúdio I’, em canal de TV por assinatura, “o tema já ‘colou’ em Bolsonaro e que, por isso, o ocupante do Palácio do Planalto acabou tendo reduzido o efeito de sua principal ‘arma’ contra o ex-presidente Lula: a corrupção”.
Palocci
Bolsonaro vinha tentando solidificar Lula como candidato corrupto, aproveitando-se da perseguição judicial sofrida pelo petista. O ex-presidente já foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte reconheceu que ele não teve direito a um julgamento justo e foi vítima de um juiz parcial. A Organização das Nações Unidas (ONU) endossou a decisão.
Uma ala da campanha defende que Bolsonaro reaja mais enfaticamente ao caso, "para evitar que o desgaste cresça e mine o discurso anticorrupção", acrescentou a apresentadora. Já outra parte da equipe pensa que Bolsonaro deve ignorar o assunto, deixando-o para o segundo turno.
Bolsonaro deu de ombros e disse não ver problema em comprar imóveis com dinheiro vivo. A prática não é ilegal, mas muito usada para a lavagem de dinheiro. Fato é que Bolsonaro seguirá tratando Lula como candidato corrupto: "nenhuma (acusação) é mais forte do que Palocci denunciando corrupção", disse uma fonte da campanha bolsonarista ao ‘Blog de Sadi’.