Os caminhoneiros reivindicavam a diminuição do preço do combustível e alertam para o custo do diesel como estopim de uma greve geral.
Por Redação - de Curitiba e São Paulo
A paralisação organizada por caminhoneiros para a semana que vem tende a crescer até a dimensão de uma greve geral no país. A previsão é do manifestante Lucas Ramos, de Chapecó (SC), um dos líderes da categoria.
Ramos participou das últimas manifestações, da greve e do locaute dos caminhoneiros ocorridos durante o governo Temer. Eles reivindicavam a diminuição do preço do combustível. Ele alertou que "se o governo Bolsonaro continuar a aumentar o custo do diesel, uma nova greve será inevitável e os sindicatos devem seguir o embalo", aderindo também ao movimento.
Golpe
Ainda segundo o manifestante "os caminhoneiros passam por dificuldades há tempos”.
— A partir do golpe (de 2016, que resultou na queda da presidenta Dilma Rousseff), o cenário piorou muito. Mudou a política da preço da Petrobras, causando um aumento da despesa com o óleo diesel — observa.
Ainda segundo Ramos,"a alimentação e estadia dos caminhoneiros nas estradas é algo muito oneroso”.
— Não tem como trabalhar desse jeito, sofremos intensas pressões — afirmou, a jornalistas.
Autônomos
Nesta semana, o governo Jair Bolsonaro adiantou que irá ofertar, a título de empréstimo, R$ 30 mil para cada caminhoneiro autônomo. A oferta, no entanto, "não irá suprir a demanda da categoria”.
— Não temos mais fretes, porque a economia está parada. Sem trabalho, como iremos pagar essa dívida como governo? — questiona.
Questionado se o movimento dos caminhoneiros é partidário, ele explicou que eles são, em sua grande maioria, autônomos.
— Quem quer aderir à greve encosta lá seu caminhão na beira da estrada e pronto — conclui.