No sábado, após a conquista do bronze no Mundial de Vôlei Feminino sobre os Estados Unidos, Egonu, que é negra e filha de nigerianos, foi filmada fazendo um desabafo com seu empresário, Marco Reguzzoni.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Vítima de racismo, a jogadora de vôlei Paola Egonu, estrela da seleção italiana, recebeu neste domingo um telefonema de solidariedade do primeiro-ministro Mario Draghi. – A atleta azzurra é um orgulho do esporte italiano e terá ocasiões futuras para vencer outros troféus endossando o uniforme da seleção – diz uma mensagem publicada pela conta oficial do governo no Twitter. Na postagem, o Palácio Chigi afirma que Draghi expressou "plena solidariedade à campeã Paola Egonu" em uma ligação durante a manhã. No sábado, após a conquista do bronze no Mundial de Vôlei Feminino sobre os Estados Unidos, Egonu, que é negra e filha de nigerianos, foi filmada fazendo um desabafo com seu empresário, Marco Reguzzoni. – Você não consegue entender, me perguntaram por que sou italiana... Essa foi minha última partida com a seleção – disse a jogadora, em lágrimas. Mais tarde, Egonu afirmou que se sentia "cansada" e que queria apenas "fazer uma pausa". Já o presidente da Federação Italiana de Vôlei, Giuseppe Manfredi, declarou à ANSA neste domingo que a atleta está "ligadíssima ao uniforme azzurro" e fez apenas "um desabafo no calor do momento e provocado por quatro imbecis das redes sociais". – Paola vinha de seis meses de preparação, é normal que estivesse estressada. Agora vamos todos nos acalmar, a próxima convocação será em abril de 2023, e não tenho motivos para pensar que ela não estará – acrescentou.