O encontro foi organizado após uma série de acenos a parlamentares bolsonaristas, como a aprovação em 42 segundos na Comissão de Constituição e Justiça de uma proposta que muda a Constituição e reduz poderes de ministros da Corte Suprema para decidir, monocraticamente, sobre assuntos diversos.
Por Redação - de Brasília
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) promoveu um almoço em sua residência oficial, na quinta-feira, com o objetivo de consolidar sua estratégia de sucessão e fortalecer as relações institucionais com os demais poderes, uma vez que até semana passada estava em curso de colisão com o Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os convidados estavam ex-presidentes da Casa, líderes partidários, além dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
O encontro foi organizado após uma série de acenos a parlamentares bolsonaristas, como a aprovação em 42 segundos na Comissão de Constituição e Justiça de uma proposta que muda a Constituição e reduz poderes de ministros da Corte Suprema para decidir, monocraticamente, sobre assuntos diversos.
Liderança
Essas concessões no âmbito do Senado têm como foco principal a formação de uma base ampla que possa apoiar a eleição do candidato de Pacheco à sua sucessão na Casa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Pacheco e Alcolumbre são aliados de longa data, com o primeiro buscando agora um novo ciclo de liderança no Senado.
No almoço, Pacheco reuniu ainda ex-presidentes da Casa, como José Sarney e Renan Calheiros, ambos do MDB, e o senador Eduardo Braga, líder do partido. A presença dos ministros do STF foi interpretada não apenas como um gesto de pacificação, como também como uma clara delimitação dos movimentos que fazem parte da "regra do jogo", incluindo a aprovação em comissões de pautas relevantes para o bolsonarismo, sem comprometer as instituições.
Um dos convidados descreveu a jornalistas o clima do encontro como “extremamente amigável”.