Mísseis russos atingiram a Ucrânia pelo segundo dia, embora com menos intensidade do que na segunda-feira, quando dezenas de ataques aéreos mataram 19 pessoas, feriram mais de 100 e interromperam o fornecimento de energia em todo o país.
Por Redação, com Reuters - de Nova York/Kiev
A Otan disse nesta terça-feira que seus Estados membros estão aumentando a segurança em torno de instalações importantes depois que a Rússia intensificou seus ataques à Ucrânia e acentuou ameaças contra o Ocidente. Mísseis russos atingiram a Ucrânia pelo segundo dia, embora com menos intensidade do que na segunda-feira, quando dezenas de ataques aéreos mataram 19 pessoas, feriram mais de 100 e interromperam o fornecimento de energia em todo o país. Belarus, aliada mais próxima de Moscou, afirmou que iniciou um exercício para avaliar sua "prontidão de combate" depois de ordenar na segunda-feira que tropas se mobilizassem com forças russas perto de sua fronteira com a Ucrânia. Belarus permitiu que a Rússia usasse seu território para invadir a Ucrânia, mas ainda não enviou suas próprias tropas pela fronteira. Moscou anexou novas áreas da Ucrânia, mobilizou centenas de milhares de russos para lutar e ameaçou repetidamente usar armas nucleares nas últimas semanas, espalhando alarme no Ocidente. Um diplomata europeu disse que a Otan está considerando convocar uma cúpula virtual da aliança de defesa ocidental para avaliar sua resposta. A Otan está monitorando de perto as forças nucleares da Rússia, mas não viu nenhuma mudança em sua postura nuclear, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg a repórteres em Bruxelas. Os aliados estão aumentando a segurança em torno de infraestrutura vital após ataques a gasodutos sob o Mar Báltico, e qualquer ataque deliberado provocaria uma "resposta unida e determinada", afirmou ele. Ainda não está claro quem está por trás das recentes explosões. Mais ataques com mísseis mataram pelo menos uma pessoa na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, e deixaram parte da cidade de Lviv, no oeste, sem energia, disseram autoridades locais. Sirenes de ataque aéreo soaram na Ucrânia pelo segundo dia. O presidente russo, Vladimir Putin, sob pressão doméstica para intensificar a guerra de sete meses, já que suas forças perderam terreno desde o início de setembro, disse que ordenou os ataques de segunda-feira como vingança por uma explosão que danificou a ponte da Rússia para a Crimeia anexada.