Terceira fase da Operação Fake Agents cumpriu mandados no Rio e investiga advogada e funcionários da Caixa acusados de desviar R$ 7 milhões de jogadores e treinadores.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a terceira fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, aprofundando as investigações sobre um esquema de saques fraudulentos do FGTS que teria desviado cerca de R$ 7 milhões de atletas, ex-atletas e treinadores de futebol. Entre as vítimas identificadas estão nomes de destaque no cenário esportivo, como Paolo Guerrero, Gabriel Jesus, Ramires, João Rojas e Christian Cueva.

Segundo a PF, o grupo criminoso era comandado pela advogada Joana Costa Prado Oliveir, que utilizava seus contatos em agências da Caixa Econômica Federal para liberar valores indevidos. A profissional teve a carteira da OAB suspensa e é apontada como responsável por estruturar a operação fraudulenta, que envolvia manipulação de dados e a abertura de contas bancárias com documentação falsa.
Como o esquema foi descoberto
A investigação teve início após um banco privado identificar uma conta aberta com documentos falsos em nome do atacante peruano Paolo Guerrero. O caso chamou atenção porque o jogador teve aproximadamente R$ 2,2 milhões desviados por meio de solicitações fraudulentas ao Fundo de Garantia. A partir da denúncia da instituição financeira, a PF passou a aprofundar as diligências e descobriu a atuação coordenada do grupo.
Nesta fase da operação, agentes federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão: três em residências de funcionários da Caixa, localizadas na Tijuca, Ramos e Deodoro, e um em uma agência da instituição no Centro do Rio.
Vítimas e crimes investigados
Além dos atletas já conhecidos, a apuração identificou outras vítimas, entre elas ex-jogadores, treinadores brasileiros e estrangeiros que atuaram em clubes do país. Os investigadores acreditam que o prejuízo total pode ser maior do que o estimado inicialmente, já que novos casos continuam sendo mapeados.
Os suspeitos devem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, além de outros crimes que possam surgir à medida que o material apreendido seja analisado.