Como parte das medidas estratégicas, os agentes do serviço administrativo da Polícia Militar foram realocados para o serviço operacional nas ruas.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O governador Cláudio Castro anunciou, nesta quarta-feira, que o policiamento segue reforçado no Rio, com atenção especial às principais vias expressas, Zonas Norte e Sudoeste, acessos à Região Metropolitana e modais de transporte público, após a megaoperação nos complexos do Alemão e Penha que, até o momento, deixou 64 mortos e 81 presos.

Como parte das medidas estratégicas, os agentes do serviço administrativo da Polícia Militar foram realocados para o serviço operacional nas ruas. Esse aumento representa mais de 40% no patrulhamento.
– Hoje, nosso foco é o restabelecimento da ordem e a garantir da segurança da população. A Polícia Militar está empregando todos os recursos necessários para assegurar que o cidadão fluminense possa exercer seu direito de ir e vir com tranquilidade. Seguiremos atuando com comprometimento para preservar a paz e a normalidade nas ruas do nosso Estado – disse o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.
Corpos retirados de área de mata
Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte, retiraram mais de 60 corpos de uma área de mata na manhã nesta quarta, no dia seguinte à operação mais letal da história do Rio.
Dados oficiais do governo estadual do Rio ainda indicam 64 mortes. Mas fontes ouvidas pelo site Agenda do Poder que participaram da ação indicam que número de óbitos passará de 100.
Ainda não há informações se os corpos encontrados na área de mata fazem parte dessa contabilidade, ou se podem indicar um aumento no número de óbitos.
Os corpos foram levados para a Praça São Lucas, na Estrada João Lucas, uma das principais vias da região. Segundo testemunhas, as pessoas mortas foram encontradas em buscas na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos na noite desta terça-feira. Moradores afirmam que ainda há corpos na Vacaria, outra área de confrontos.
Quatro policiais estão entre as vítimas fatais e outros nove se feriram no tiroteio nos conjuntos de favelas apontados pelas autoridades como o principal reduto do Comando Vermelho, principal facção criminosa em atuação no Rio.
A ação causou desdobramentos políticos e de autoridades no país. A Defensoria Pública apontou violações e abusos. O governo federal mandará uma comitiva ao Rio para discutir a Segurança Pública após o governo Lula convocar a cúpula às pressas para uma reunião de emergência. Já a Câmara dos Deputados decidiu antecipar a análise da PEC da Segurança. Cláudio Castro, governador do Rio, solicitou o envio de dez líderes presos para unidades de segurança máxima, pedido atendido pelo governo federal.