A comissão independente disse ter informações confidenciais sobre aqueles que acredita serem responsáveis pelas mortes, incluindo franco-atiradores e comandantes.
Por Redação, com Reuters - de Genebra
Investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que as forças de segurança de Israel podem ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade ao matarem 189 palestinos e ferir mais de 6.100 durante protestos semanais em Gaza no ano passado. A comissão independente disse ter informações confidenciais sobre aqueles que acredita serem responsáveis pelas mortes, incluindo franco-atiradores e comandantes. – As forças de segurança israelenses mataram e mutilaram manifestantes palestinos que não representavam uma ameaça de morte ou lesão grave iminente a outros quando foram baleados, nem estavam participando diretamente de hostilidades – disse a comissão em um relatório. Israel rejeitou o relatório por vê-lo como um “teatro do absurdo”. Em um comunicado, o ministro interino das Relações Exteriores, Israel Katz, o classificou como “outro relatório hostil, mentiroso e enviesado contra o Estado de Israel... ninguém pode negar a Israel o direito de legítima defesa e a obrigação de defender seus cidadãos e fronteiras de ataques violentos”. Protestos vêm sendo realizados na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza desde o ano passado, nos quais se pede o relaxamento do bloqueio israelense sobre o território e o reconhecimento do direito dos refugiados palestinos no local de voltarem para seus lares em Israel. Israel afirma que suas forças abriram fogo para proteger a divisa de incursões e ataques de militantes armados. O relatório mais recente, que cobre o período de 30 de março a 31 de dezembro de 2018, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU se baseou em centenas de entrevistas com vítimas e testemunhas, além de registros médicos, filmagens de vídeo e de drone e fotos.