Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Oito suspeitos são indiciados pela morte do delegado Ruy Fontes

O Ministério Público de São Paulo denuncia oito pessoas pela execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, alvo do PCC. Entenda os detalhes do caso.

Sábado, 22 de Novembro de 2025 às 17:14, por: Gilberto de Souza

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o MPSP formalizou a denúncia pelos crimes de homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio.

Por Redação, com ABr – de São Paulo

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) denunciou oito pessoas pela execução do ex-delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, ocorrida na Praia Grande, no dia 15 de setembro deste ano. Ele ocupava o cargo de secretário da Administração da prefeitura do município, na Baixada Santista.

Oito suspeitos são indiciados pela morte do delegado Ruy Fontes | O delegado Ruy Ferraz Fontes foi brutalmente assassinado
O delegado Ruy Ferraz Fontes foi brutalmente assassinado

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o MPSP formalizou a denúncia pelos crimes de homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, favorecimento pessoal e por integrar organização criminosa armada.

“Segundo a investigação da Polícia Civil, os denunciados planejaram e executaram a vítima, que atuou por mais de 40 anos na instituição e era alvo de uma ordem emitida pelo alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC) para eliminá-lo por conta da sua atuação contra a facção”, divulgou, em nota, o MPSP. Um dos envolvidos identificados morreu no curso das investigações durante tentativa de prisão, segundo o órgão.

 

Execução

Especialista na cobertura de casos relacionados ao PCC, o jornalista Josmar Jozino da Silva publicou que, com base no inquérito a que teve acesso, a esposa do ex-delegado teria dito, em depoimento à Polícia Civil, que Ferraz estava nervoso e preocupado com uma licitação envolvendo a Secretaria de Planejamento nos dias que antecederam a execução.

O MPSP divulgou que, de acordo com as investigações, o PCC começou o planejamento do crime em março de 2025, com furto de veículos, aquisição de armamentos e definição de imóveis na Baixada Santista para apoio logístico. O crime foi praticado com emprego de armas de fogo de uso restrito, em emboscada, e resultou também em duas tentativas de homicídio contra transeuntes atingidos por disparos. 

“No dia do crime, os executores emboscaram a vítima na saída da prefeitura de Praia Grande, efetuando dezenas de disparos com fuzis. Após a execução, os criminosos atearam fogo em um dos veículos utilizados e se dispersaram”, disse o MPSP.

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