Joana Costa Prado de Oliveira é investigada pela PF em casos que envolvem desvio de FGTS.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ), decidiu suspender cautelarmente por 90 dias a advogada Joana Costa Prado de Oliveira. A medida foi tomada pelo Tribunal de Ética e Disciplina da instituição no último dia 25 e impede a profissional de exercer a advocacia durante o período.

A decisão ocorre em meio a investigações da Polícia Federal que apontam Joana como suspeita de aplicar golpes em contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de jogadores e treinadores de futebol.
Investigações em andamento
Dois inquéritos da Polícia Federal apuram saques irregulares realizados em nome do técnico Oswaldo de Oliveira e do zagueiro Christian Chagas Tarouco, conhecido como Titi, atualmente no Goiás. Oswaldo declarou ter sofrido um desfalque de R$ 3,1 milhões em sua conta.
As apurações também envolvem outros nomes conhecidos do futebol brasileiro e internacional. Segundo informações obtidas pelo portal g1 e pelo telejornal RJ2, a advogada é suspeita de se apropriar indevidamente de valores pertencentes a:
Juninho, ex-zagueiro do Botafogo
Paolo Guerrero, que atuou por Corinthians, Flamengo e Internacional
Cueva, ex-São Paulo e Santos
João Rojas, equatoriano que jogou no São Paulo entre 2018 e 2021
Ramires, ex-Cruzeiro, Chelsea e Seleção Brasileira
Decisão da OAB-RJ
Ao justificar a suspensão cautelar, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ apontou três fundamentos principais: locupletar-se à custa dos clientes, recusar-se a prestar contas e manter conduta incompatível com a advocacia.
Com isso, a inscrição da advogada na ordem fica temporariamente suspensa, impossibilitando-a de exercer sua profissão.
Manifestação da defesa
Em nota enviada à imprensa, Joana Costa Prado de Oliveira afirmou que “já foram adotadas todas as medidas jurídicas cabíveis”. A advogada sustenta que irá recorrer das acusações e contesta a decisão.
Próximos passos
A suspensão tem caráter provisório, mas pode ser prorrogada ou convertida em punição definitiva, a depender do avanço das investigações no âmbito criminal e ético-disciplinar. Enquanto isso, os inquéritos da Polícia Federal prosseguem para apurar a extensão dos prejuízos e identificar outros possíveis envolvidos no esquema.