A produção atingiu 2,16 milhões de toneladas de carcaças bovinas no período, aumento de 8% em relação ao apurado no segundo trimestre e de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, segundo os primeiros resultados da pesquisa Estatística da Produção Pecuária, do IBGE.
Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro e São Paulo
O Brasil abateu 8,35 milhões de cabeças de bovinos no terceiro trimestre, aumento de 4% em relação ao trimestre anterior e de 0,5% versus o mesmo período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
Já a produção atingiu 2,16 milhões de toneladas de carcaças bovinas no período, aumento de 8% em relação ao apurado no segundo trimestre e de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, segundo os primeiros resultados da pesquisa Estatística da Produção Pecuária.
Os abates e a produção de carne de aves e suínos também avançaram no período, ainda que o setor de bovinos tenha registrado maior avanço ante o segundo trimestre, notou o IBGE.
Boi gordo
O aumento da produção de carnes do Brasil, maior exportador global de cortes bovinos e de frango, está sendo impulsionado principalmente pela demanda da China e de outros países da Ásia, notou o pesquisador Sergio de Zen, responsável pelas pesquisas de proteína animal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
— A China, não só a China, mas países do Sudeste Asiático estão drenando toda a proteína possível para lá. Mas temos que observar que a economia global, EUA e Europa, estão em fase de crescimento, pequeno, mas estão crescendo — disse De Zen à agência inglesa de notícias Reuters.
O cotação da arroba do boi gordo engatou um movimento de alta e superou o valor de 180 reais pela primeira vez na história, no Estado de São Paulo, na última sexta-feira, segundo dados do Cepea. Na terça-feira, atingiu 183,30 reais, alta de mais de 7% apenas no acumulado deste mês. No ano, o avanço é de mais de 25%.
Conjuntura
Segundo o pesquisador do Cepea, além da demanda, o setor de carne bovina ainda registra uma conjuntura de baixa oferta de animais prontos para o abate.
— Não tem o animal confinado nem o de pasto, dado que chuvas atrasaram em relação aos outros anos, é um movimento complexo… Tem um desencontro, começa a abater animais com peso aquém (do ideal)... Com expectativa de alta de preço, os produtores começam a segurar (animais), esperando que os animais ganhem peso para serem abatidos — acrescentou o especialista.
Aves e suínos
Segundo a pesquisa do IBGE, o abate de suínos somou 11,67 milhões de cabeças no terceiro trimestre de 2019, um aumento de 2,4% em comparação com trimestre passado e de 0,8% ante o mesmo trimestre do ano anterior.
O peso acumulado das carcaças suínas registrou 1,05 milhão de toneladas no terceiro trimestre, o que consistiu em aumentos de 3,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior e de 1,1% em relação ao terceiro trimestre de 2018.