Ao menos 150 pessoas morreram nas últimas 24 horas, segundo dados fornecidos hoje pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que lembrou que ainda há numerosas vítimas debaixo dos escombros e nas estradas.
Por Redação, com EFE - de Gaza
O total de vítimas na Faixa de Gaza, imersa há 117 dias em uma ofensiva militar de Israel de magnitude devastadora, chegou na quarta-feira a 26,9 mil mortos, além de 65.949 feridos.
Ao menos 150 pessoas morreram nas últimas 24 horas, segundo dados fornecidos hoje pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que lembrou que ainda há numerosas vítimas debaixo dos escombros e nas estradas, e denunciou que as tropas israelenses impedem que ambulâncias e equipes de Defesa Civil cheguem até eles.
Os combates concentram-se na região sul, especialmente na área de Khan Younis, onde hospitais como o Al Amal estão sob cerco militar de Israel há dez dias, com disparos diários e granadas de fumaça que têm causado a morte de civis.
O Crescente Vermelho palestino, principal agência médica responsável pelo transporte dos feridos no enclave, relatou a morte de um funcionário da segurança que estava parado perto da porta dos fundos do hospital.
Na quarta, ao menos quatro deslocados morreram após serem atingidos por estilhaços nas imediações do Al Amal, segundo o Crescente Vermelho, tendo dois deles sido abatidos enquanto tentavam evacuar um terceiro.
Os combates
Os combates também persistem na parte norte do enclave, onde a agência palestina de notícias Wafa falou hoje em “dezenas de mortos e feridos” após um ataque com mísseis israelense contra uma casa no bairro de Al-Daraj, a leste da Cidade de Gaza, e bombardeios de artilharia e aéreos a noroeste desta cidade.
Além disso, quarta-feira, ocorreu o sepultamento de cerca de 80 corpos palestinos não identificados, testemunhado por um fotógrafo da Agência EFE, na Zona Sul de Rafah, agora superlotada com 1,5 milhão de pessoas após a chegada massiva de deslocados vindos do norte.
Estes corpos, cuja data de morte é desconhecida, foram devolvidos ao enclave palestino por Israel através da passagem Kerem Shalom, que liga Israel à Faixa de Gaza, e por onde por vezes entra a ajuda humanitária.