Mais cedo, Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores de 64 anos com uma imagem de formador de consensos, revelou um gabinete dominado por aliados do ex-premiê Shinzo Abe e do ex-ministro das Finanças Taro Aso.
Por Redação, com Reuters - de Tóquio
O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, trocou cumprimentos de punho com parlamentares depois de ser eleito formalmente pelo Parlamento nesta segunda-feira, e a emissora pública NHK disse que ele deve dissolver o organismo na próxima semana e convocar uma eleição em 31 de outubro. Mais cedo, Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores de 64 anos com uma imagem de formador de consensos, revelou um gabinete dominado por aliados do ex-premiê Shinzo Abe e do ex-ministro das Finanças Taro Aso. Embora ele precise delinear diretrizes para lidar com a pandemia e cumprir sua promessa de diminuir a disparidade de renda, Kishida deve primeiramente congregar o Partido Liberal Democrata (PLD) para a próxima eleição parlamentar. A NHK disse que Kishida anunciará a data da votação em sua primeira coletiva de imprensa como premiê às 21h locais e que dissolverá o Parlamento no dia 14 de outubro. Seu plano de convocar uma eleição tão rapidamente foi considerado uma surpresa. Além de aproveitar o período de lua de mel que o eleitorado costuma conceder a novos governos, analistas disseram que Kishida provavelmente não quer perder tempo por causa dos riscos da pandemia. – Ele provavelmente quer se adiantar a qualquer deterioração futura da situação da covid-19 – opinou Corey Wallace, especialista em política japonesa da Universidade Kanagawa, à Reuters. – Embora o progresso da campanha de vacinação tenha claramente ajudado a conter a quinta onda, não podemos ter certeza absoluta de que uma sexta onda não ocorrerá chegando mais perto do inverno – acrescentou. Os casos novos de coronavírus em Tóquio chegaram a 87 nesta segunda-feira, o menor índice desde 2 de novembro do ano passado.