Apenas Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff nos primeiros meses dos seus segundos mandatos tiveram índices maiores de ruim ou péssimo. FHC com 36% e Dilma, 59%. O instituto, no entanto, não considera essa comparação válida.
Por Redação - de São Paulo
Um terço dos brasileiros avaliam que o governo de Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo. É o que trouxe a pesquisa DataFolha, divulgada neste domingo, na pior avaliação dos 100 dias de governo de um presidente em primeiro mandato desde a redemocratização do país, em 1985.
O levantamento mostra que 30% dos entrevistados consideram os primeiros meses do governo péssimo ou ruim, enquanto 33% avaliam como regular e 32% como ótimo ou bom.
Comparação
Apenas Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff nos primeiros meses dos seus segundos mandatos tiveram índices maiores de ruim ou péssimo. FHC com 36% e Dilma, 59%. O instituto, no entanto, não considera essa comparação válida porque ambos já haviam sofrido o desgaste do primeiro mandato.
Já Luiz Inácio Lula da Silva tinha apenas 14% de avaliação negativa nos 100 dias de seu segundo mandato.
Apesar da avaliação ruim até agora, a expectativa dos entrevistados ainda é positiva: 59% ainda acreditam que Bolsonaro fará um governo ótimo ou bom. O índice é um pouco menor do que na pesquisa registrada antes da posse, em que 65% acreditavam em um governo ótimo ou bom.
Dois salários
O DataFolha perguntou ainda se os entrevistados acreditam que o presidente fez mais do que o esperado para os primeiros 100 dias de governo, menos ou dentro do esperado. Para 61 das pessoas ouvidas, Bolsonaro fez menos do que esperavam. Já 22% acreditam que fez o esperado e 13%, mais.
O presidente tem, a mesmo tempo, a maior rejeição e a maior aprovação entre o grupo onde venceu a eleição: os que ganham mais de 10 salários mínimos e os que têm curso superior avaliam o governo como ruim ou péssimo, respectivamente, com 37% e 35%. O mesmo grupo também assinala 41% e 36% de ótimo ou bom.
O grupo mais insatisfeito é o de quem ganha até dois salários mínimos, em que Bolsonaro tem apenas 20% de ótimo ou bom.