“Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista”, afirma a nota do PCdoB.
12h33 – de Porto Alegre
Ganhou projeção nacional, nesta segunda-feira, a nota oficial do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) sobre a desfiliação da ex-deputada gaúcha Manuela D’Ávila, após 25 anos. “Respeitamos, mas lastimamos tal decisão”, lamenta o PCdoB.
D’Ávida optou por falar à revista semanal de ultradireita ‘Veja’, que circulou neste fim de semana, sobre o rompimento com a legenda.
— Depois de muito refletir, optei pelo afastamento do Partido, por diferenças que debati exaustivamente, em processo longo, que vivi de forma discreta, em respeito à história que construímos juntos — revelou.
Ex-comunista
Segundo D’Ávila, uma das maiores divergências com o partido foi a criação da Federação Brasil Esperança, que abrangeu PT, PV e PCdoB.
— Entendia que isso enfraqueceria nossa sigla, que perderia voz nas tomadas de decisão e seria, cada vez mais, relegada a um papel secundário — acrescentou.
A ex-militante comunista acrescentou, ainda, que o final da relação “foi como um divórcio muito doloroso”.
Militante
“Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista”, afirma a nota do PCdoB. O partido também diz ter empreendido com a política “um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro”.
Em uma sessão de debates do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), na semana passada, D’Ávila já havia adiantado sua decisão: “Sou uma mulher sem partido”.