A indicação de Gilberto Kassab (PSD) marca a volta formal do cacique a um posto no Executivo desde passou quase dois anos licenciado da Casa Civil do ex-governador João Doria (ex-PSDB, hoje sem partido), cargo que nem chegou a ocupar.
Por Redação - de São Paulo
Com a escolha do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para a Secretaria de Governo da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, o presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL) perde sua trincheira mais relevante, na tentativa de se consolidar como líder das forças de extrema direita, no país.
A indicação marca a volta formal do cacique a um posto no Executivo desde passou quase dois anos licenciado da Casa Civil do ex-governador João Doria (ex-PSDB, hoje sem partido), cargo que nem chegou a ocupar. O comando da Casa Civil será de Arthur Lima, aliado próximo do próximo governador paulista que trabalhou com ele no Ministério da Infraestrutura.
A indicação consolida Kassab como o principal articulador político de Tarcísio, um estreante na política destacado no ministério de Bolsonaro para ser o candidato do presidente no principal colégio eleitoral do país. A posição extraoficial já incomodava bolsonaristas do entorno do governador eleito.
Experiente
Tarcísio ocupou espaço no centro político da direita e desalojou o governador Rodrigo Garcia (PSDB), ex-vice de Doria, da disputa do segundo turno. Ele ultrapassou todos os rivais e, na segunda rodada, bateu Fernando Haddad (PT) com 55,2% dos votos.
Toda a montagem do arcabouço político entre prefeitos do Estado coube a Kassab, que havia apostado em Tarcísio quando viu sua ideia de levar Geraldo Alckmin para disputar o Bandeirantes pelo PSD fracassar: o ex-governador tucano agora é do PSB e vice-presidente eleito na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).