Rio de Janeiro, 31 de Março de 2025

Netanyahu cogita ocupar territórios caso Hamas não libere reféns

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alerta sobre a possibilidade de ocupar territórios na Faixa de Gaza se o Hamas não libertar os reféns sequestrados desde outubro de 2023.

Quarta, 26 de Março de 2025 às 10:47, por: CdB

O primeiro-ministro alertou que, quanto mais o grupo fundamentalista “persistir na recusa de libertar” os sequestrados em 7 de outubro de 2023, “maior será a pressão”.

Por Redação, com ANSA – de Jerusalém

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou nesta quarta-feira  tomar territórios na Faixa de Gaza se o Hamas não restituir os 59 reféns ainda sob seu poder no enclave palestino.

Netanyahu cogita ocupar territórios caso Hamas não libere reféns | Irmãs palestinas forçadas a fugir de casa após ataques no norte da Faixa de Gaza
Irmãs palestinas forçadas a fugir de casa após ataques no norte da Faixa de Gaza

Em declaração no Parlamento israelense, o primeiro-ministro alertou que, quanto mais o grupo fundamentalista “persistir na recusa de libertar” os sequestrados em 7 de outubro de 2023, “maior será a pressão”.

– E eu digo ao Hamas que isso inclui a conquista de territórios e outras coisas que não vou aprofundar aqui – afirmou Netanyahu.

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Pouco antes, o movimento palestino disse que a retomada dos bombardeios em Gaza coloca “em perigo” a vida dos reféns. “A cada vez que as Forças de Defesa Israelenses tentam resgatar os raptados com a força, acabam por recuperá-los dentro de caixões”, ameaçou o Hamas em um comunicado.

Na última sexta, o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, também havia ameaçado anexar partes do enclave caso os reféns não fossem soltos, na esteira do projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar a população palestina para transformar o território em uma espécie de resort no Mediterrâneo.

A guerra em Gaza foi retomada há pouco mais de uma semana, após cerca de dois meses de um frágil cessar-fogo que contemplou a restituição de 33 reféns israelenses (oito deles mortos) e cinco tailandeses, além da libertação de 1,7 mil prisioneiros palestinos.

Segundo o Ministério da Saúde do enclave, pelo menos 830 pessoas foram mortas por Israel desde o reinício dos conflitos.

Já o total de óbitos desde 7 de outubro de 2023 é de cerca de 50,2 mil.

Quase 800 palestinos morreram em Gaza após fim de trégua

O número de mortos na Faixa de Gaza pelos ataques de Israel desde o fim da trégua de dois meses, em 18 de março, chegou a 792, sendo 62 falecimentos nas últimas 24 horas. Além disso, o novo balanço publicado na terça-feira pelo Ministério da Saúde do enclave também atualizou o número de feridos para 1.663.

A pasta, sob comando do Hamas, também informou que o número total de vítimas palestinas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, é de 50.144.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa israelense aprovou hoje a continuidade da operação “Força e Espada” em Gaza.

– Nosso objetivo principal no momento é levar para casa todos os reféns [ainda em posse do Hamas] e se o Hamas continuar a se recusar, pagará um preço cada vez mais alto até a sua completa aniquilação – afirmou Israel Katz, titular do ministério.

Durante o acordo de cessar-fogo, o grupo fundamentalista islâmico restituiu 33 reféns israelenses (sendo oito deles mortos) e cinco tailandeses. Já Israel, que libertou mais de 1,7 mil prisioneiros palestinos, acusa o Hamas de ainda manter em cativeiro 59 reféns, justificando, assim, o fim da trégua.

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